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15 de setembro de 2013

Foi cruel e como foi cruel, ou porque tão distante.




Foi cruel olhar nos teus olhos e não beijar a tua boca;
Foi cruel dormir no teu colo e acordar sem você do meu lado;
Foi cruel e como foi cruel saber que a vida não faz sentido vivendo um futuro tentando esquecer o passado;
Foi cruel saber que depois de tudo o meu afeto não foi o suficiente, agora entendo e compreendo que tudo ainda foi muito pouco ou quase nada.
Foi cruel viver uma vida enjaulada sem grades,
Foi cruel mendigar o pão da atenção de cada dia e caminhar sem rumo, sem esperança, sem ninguém para reclamar do meu comportamento egoísta,
Foi cruel e necessário conhecer o depauperamento de ganhar o mundo, perder minha alma e saber que nunca mais os meus pés vão balançar enquanto durmo,
Foi cruel escrever tantas coisas, viver tantas coisas, sofrer tantas coisas, perder tantas coisas, chorar por tantas coisas - saber que tudo isso me levou como o vento que sopra forte e depois que se acalma é se torna apenas uma brisa.
Foi cruel trabalhar tanto e permanecer endividado,
Foi cruel e mui desumano saber que toda sabedoria se resume em vaidade. Foi atroz bater de frente e ser baleado pelas costas. Foi bárbaro como a poesia que não tem canto, não tem rima, não tem sentido e não tem voz.

Foi cruel meu amor;
Foi uma falsa conversão;
Foram mil beijos com sabor de dor;
Foi uma apunhalada de indiferença no coração.


Foi cruel como tudo começou do nada e terminou da mesma forma, foi espiritual demais e carnal de menos, foi tudo aquilo que esperávamos e tínhamos medo, foi química sem física, foi chato como está junto e se sentir só, foi relação sem intensidade, foi amizade sem intimidade, foi aquilo que vivemos e que agora queremos esquecer. 







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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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