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22 de dezembro de 2013

Uma marca para a eternidade, ou coisas que não é permitido recitar.




Rasgue a lembrança do desejo que perturbava, que excitava, que fazia rasgar a pele com as unhas, que dilacerava os sentidos quando o meu corpo entrava dentro do teu. De sobremaneira, a minha alma se uniu a tua e fomos por muito tempo uma coisa só. Agora, a tua sorte está lançada ao vento para tentar me esquecer, percorrer o mundo, conhecer outras coisas e no fim, sempre se lembrar de tudo o que vivemos. Por mais que queira me olvidar, a tua alma sempre irá carregar a marca que fiz no teu corpo. Te falei segredos, te ensinei o que nunca havia experimentado com ninguém, te posicionei entre o prazer mutuo e os sentimentos superfulos, te formei a minha imagem de animal feroz com uma alma mansa. Cantei aos teus ouvidos coisas que não é permitido recitar, te fiz provar o sabor intenso do sal do meu suor, da física do meu corpo quente em incidência com a química da saliva no teu corpo, do meu leite quente pronto para jorrar na tua boca e escorrer pelos teus seios. Ao meu lado, pode fazer tudo o que nunca imaginou, também o que imaginou, mas nunca teve coragem. Sabes muito bem que tudo isso é uma tatuagem que ambos levaremos como marca para eternidade.








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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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