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8 de junho de 2014

Apenas isso





Eu que me caço, que me procuro, que me descubro. Eu que não falo mais sobre sentimentos, mas que vivo com plenitude a vida no prazer de cada momento. Eu que não temo a morte e canto desafinado. Eu que amo verdade e procuro vivê-la sem hipocrisia. Eu que guardo encanto e me delicio em cálice de dissabores. Eu que não tenho receio de errar e começar tudo novamente. Eu que me amo como a luz irradia vida. Eu que junto pontos e construo gramáticas. Eu que me machuco em espinhos para colher rosas. Eu que sofro calado e choro para dentro. Eu que sou racional, critico, egoísta, homem macho e muito pouco para quem precisa muito de mim. Eu que não quero ir para o céu e nem para o inferno. Eu escrevo versos e rasgo calcinhas de meninas virgens. Eu que me lambuzo no prazer do pecado e na penitencia que existe através do perdão. Eu que irei morrer e ressuscitar para viver fora da matrix. Eu que arranho acordes dissonantes e colo fotografias selfie no instagram. Eu que vivo o desapego e não me importo com o que me sobrevirá do crepúsculo ao amanhecer. 








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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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