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11 de outubro de 2015

O fulcro, ou pensamento hediondo.



Gosto de códigos como degusto vinhos Israelenses; se é que me entende. A vida me ensinou a caminhar nas sombras e me manter oculto diante da luz. Gosto da transparência como amo a face do pecado. O meu amor é translucido, incognoscível e simples como um beijo de boa noite. Procuro me deter as fraquezas carnais e elevar a minha mente ao sublime para fugir desta prisão sem grades que insiste em me manter na escravidão.

Confesso que já tive uma vida inteiramente normal (...).

Mas agora me pergunto:

- Será que se um raio de luz entrasse nesta caverna, eu poderia vê-lo?

Se pudesse tocar
E gravitar na plenitude
Do teu olhar inocente
Certamente não teria o fulcro
Deste pensamento tão meramente hediondo. 

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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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