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30 de agosto de 2017

Por um filho ou um adventício ofício.




Que fosse ainda e sempre mais simples
Não houvesse a necessidade de explicar
E nem a pretensão incutida explanar,
Que os olhos pudessem apenas olhar
Sem a coação e o intento ocultar.
Já não espero mais
E não tenho tempo para perder,
Já não prometo mais
E não espero nada acontecer,
Contento-me com o que tenho e com o pouco que sou.
Por um mundo sem imperatividade,
Onde não existam verdades liquidas.
Por um mundo sem pressagias,
Aonde quem vai sobre jaez de quem fica.
Não há mais indigência considerar
Ou conjugar o verbo sem tempo,
Tão pouco lacrimejar a veleidade
Que quimera um dia acontecer.
Dera-me apenas o que queres
Ou que acha em mim não merecer.
Foram muitas expectativas
E inúmeras despedidas,
A certeza passou de longe
E acenou de relance estiva.
Sobrou-se graves e faltaram agudos – não sei.
O que presentemente imagino e estimo
É a inocência que não abalizei. 







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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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