Visitantes

31 de agosto de 2017

Prolixo, ou pela redundância que não tem preço.




Com tal e apreço me desconheço,
Em cavo de pujança me abasteço,
Sem contrariedades me aborreço,
É a força de potencia meu adereço,
Sem conveniência latente adormeço,
Pelo o que fala e não sente – agradeço.

Pelo o desejo dos teus beijos alvoreço,
Nas penúrias das madrugadas amanheço,
Com sussurros aos pés do ouvido amoleço,
Aos gozos intermináveis apeteço,
Por um afeto de estação bem-mereço,
Por uma estória sem fim careço.

Um sentimento sincero ofereço,
A reciprocidade é meu preço,
Se não for assim, nem começo.
Se houver outro parecer, compadeço.
Com cantos desatinos desfaleço,
Se não tiver sentido, desapareço.

Faz-se tanta questão, emagreço.
Se não faz, emudeço.
Com você do meu lado enalteço,
Sabes meus defeitos e meu endereço,
Por tua fatuidade também envaideço,
És a verdade a qual me esclareço.

Com firmeza e braveza me estabeleço,
No verbo da vida me fortaleço,
Pelo o teor que demuda obedeço,
Sem intento e cata, permaneço.
“Ainda não sou nada”, confesso e reconheço.
Nas sinas das madrugadas prevaleço.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

Leia mais

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Powered By Blogger