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11 de setembro de 2017

Sou louco




Sou louco
Um tanto assim estranho
Contraditório insensato
Por querer e não saber
Como fazer acontecer

Sou louco
Um poço de frio e calor
Quanto reciproco
Espelho oco
De mim dentro de você

Sou louco
De alegorias sem ponto
Sem vírgulas um conto
Num abraço apertado
De saudade staccato

Sou louco
Com simplicidade aparente
Arranhando paredes
Escrevendo nas calçadas
Coisas de adolescente

Sou louco
Por terror de amor
Olhar penetrante
Momento perfeito
De chegar chegando

Sou louco
Por poesias excitantes
Passeios relevantes
De mãos dadas
E algodão doce

Sou louco
Em polêmicas matemáticas
Pão de queijo com vinho
Sem dados joguinhos
Com sorte ao azar

Sou louco
Desde a 5ª série
Escrevendo cartinhas
Com estórias reais
Que não conto a ninguém

Sou louco
Para copiar o acaso
Rezar a fobia
Assoviar bem alto
Sem objetivo nenhum

Sou louco
Por pedras acústicas
Desenhos de bijuterias
Notas eletrônicas
De “boa noite” e “amém”

Sou louco
Em lábios carnudos
Chutes triviais
Mentiras de escopo
E cheirinho de álcool

Sou louco
E viciado em comentários
De moças inteligentes
Que enxergam o mundo
Como o mundo odeia a gente

Sou louco
Por frases holograma
Dinheiro rasgado
Pizza dormida
E ascendentes do zodíaco

Sou louco
Em dados inventados
Páginas molhadas
Sonhos reais
E cabelos loiros

Sou louco
De vontade acerbada
Frango ensopado
Piada malfeita
E caricias para agradar

Sou louco
Nem sei por quê
Em altos nascentes
De saudade contida
Em contemplar teus olhos






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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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