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25 de maio de 2018

O vazio da alma.





Move-se diante do desejo
De possuir
De ter
De usufruir
E depois rejeitar.

“Que vazio é esse?”
Um vácuo de ideias
Por busca de afirmação,
Uma ansiedade insana
Ao qual não tem explicação.

Desejaria ainda mais
Se quisesse de verdade ficar,
Se não opusesse
A própria pretensão
De fazer sem esperar.






24 de maio de 2018

Régua


Por enquanto ainda leve
Sem peso
Sem condições
E sem rótulos.
Que seja assim ainda breve
Meus passos,
Meus espaços,
A poesia sem módulos.
Nem pense ou se atreve
Rotular
Cobrar o que não pode dar
Esperar
Por algo em seus modos.







13 de maio de 2018

Nada binário, ou sem o dualismo ainda esperado.





Sofrendo calado;
Evoluindo com a dor;
Foi perdendo que aprendi a ganhar;
Abrir mão e seguir em frente
Sem olhar para traz.

Encontrei-me sozinho
No silencio do meu medo,
Compreendi que no mundo
Existem milhares de pessoas,
Mas eu estou só.

Para muitos isso é um martírio
Ou um motivo para o suicídio,
Porem, contudo e entretanto
Para mim foi o encontro
Do vazio do com meu eu.

Descobri que não precisava de mais nada
Além da minha própria companhia,
Percebi que eu poderia ser completo
Estando no meu estado natural
De completude e solitude.  

As pessoas passaram a me julgar
E eu passei a me aceitar,
O mundo queria me rotular
E tudo o que eu desejava
Era investir em mim e evoluir.

No meio do caminho
Conheci pessoas maravilhosas
Ao qual poderia me unir
E prosseguir juntos,
Mas minha escolha já estava feita.

Eu não precisava mais de aceitação,
Eu não carecia mais do mundo,
Eu não dependia mais de ninguém
Ao mesmo eu poderia ter o mundo
E tudo o que eu quisesse.

Desenvolvi um potencial fora do comum
Uma força que eu nem sabia que possuía,
Eu poderia negar tudo
Abrir mão de tudo
Ser completo e não precisar de nada.

Tornei-me um homem sem ideologia
Sem religião e sem partidos políticos,
Meu prazer não reside em paixões
Nem em mulheres, tão pouco em dinheiro
Ou qualquer coisa que todos vivem a buscar.

Meu prazer está inteiramente em meu ser
No contexto que me sacia
No tesouro dos meus pensamentos
Na abstinência do querer por querer
No onerar da minha moral.

Por uma via solo
Um altruísmo sem devoção
Sem méritos
Sem ser dono da razão
Todavia, em contentamento da realidade.

Já não me cobro pelo o amanhã
Já não sofro pelo o passado
Já não me desespero pelo o presente
Vivo pela a razão do assombro
E pelo o encanto da vida em si.

Talvez seja difícil compreender
E até mesmo aceitar,
Mas, considere e tente ponderar
A respeito da estória
Que nos trouxe até aqui.

Somos mundos
Em universos antagônicos
De propósitos, vontades e processos.
Caminhamos em ritmos
E compassos dissonantes.

Sigo em constância e persuasão,
Pela exoneração de exigências.
Quero apenas da vida
Aquilo que ela pode me dar
Com destreza e leveza.






9 de maio de 2018

Deus e o acaso, ou milhões de tons de cinza.




A ideia de um universo criado pelo o acaso ou por um criador transborda a probabilidade do impossível. A percepção de mundo é limitada a própria concepção do dualismo proposto. O debate é comumente e recorrente entre criacionistas e evolucionistas sobre a “a teoria” da criação do universo e a origem de tudo. Ambas as posições possuem centenas de milhares de convicções, lacunas e contradições.

O fato é que o universo existe, pois estamos aqui de forma consciente para discorrer a respeito dele. Caso contrário, não haveria possibilidade de tal ato.

O universo é um conjunto infinito de complexidades e paradoxos, muita coisa da religião foi desmistificada pela a ciência e muitas descobertas recentes da ciência já estavam relatadas em muitos escritos religiosos. Evidentemente que a ciência se apoia nos experimentos e a religião na fé. A ciência propõe a comprovação através de experiências e a religião sobre a convicção que Deus(es) fez todas as coisas.

Alguns compreendem que ambos (ciência e religião) podem andar juntos e comungar de muitos entendimentos. Outros não admitem essa possibilidade, pois compreendem que um está ao lado oposto do outro. Um pode até concordar com outro em alguns  pontos, mas no entendimento globalizado não existe aperto de mãos.

A ideia de criação e evolução são as correntes mais famosas e mais aceitas pela a maioria das pessoas. Entretanto, existem outras possíveis explicações, conjurações e conjecturas a respeito da temática.

Muitos filósofos, cientistas, religiosos e pessoas das mais variadas áreas do conhecimento já tentaram arrazoar e provar alguma coisa sobre a origem do universo e sua existência. não obstante de muitas explicações e interpretações, a dúvida sempre será algo reentrante diante da complexidade ao qual residimos.

O mito, a filosofia, o senso comum, a ciência e a religião são formas de conhecimentos validas. Mas, nem sempre corretas. Contudo, uma não está acima da outra e tão pouco é melhor que a outra, pois existem centenas de fatos que uma não explica, mas as outras explicam de forma coerente ou aceitável aquele determinado momento.

Particularmente, na minha humilde, opaca e insignificante opinião, “ACHO” que entre o preto e o branco, existem milhões de tons de cinza.  








Prólogo prefácio ainda mais redundante.





Pelo acender que alimenta e impulsiona a alma, ou pela vontade latente de querer viver cada instante pela a sua graça e majestade. Que o ego não seja inteiramente e simplesmente para abastecer o prazer, mas antes encontre com a realidade e seja acima de tudo sincero o bastante consigo mesmo. Que as palavras façam sentido e encontre jazigo nos portos que comportam os costumes. Jaz tempo que não sofro de ansiedade e tão pouco me lembro da idolatria de possuir o que não é meu. Não sou pregador e nem mensageiro da paz, mas é tudo o que desejo para todos aqueles que alcançaram o entendimento que tudo nesta vida é transitório - Não temos o direito e nem poder de administrar o tempo que se esvai e escorre pela a face cheia de marcas disfarçada pela a maquiagem.

Por um pouco mais contemporâneo
De estórias vazias e ricas de detalhes;
Em cantos entoados com apogiatura
No apraz que compõe o entardecer,
Queria apenas deliciar de beijos
Sem a consternação do amanhã povir,
Enquanto não há contemplação
Deixe-me ficar a observar ela ir (...).







Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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