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16 de agosto de 2015

A sorte que não existe.





Você fazia jogos emocionais e eu não sabia jogar. Eu sempre ficava nervoso e perdia a razão por ser inocente e imaturo. Eu perdia o controle e alterava a voz por não saber argumentar. Mas mesmo não sabendo jogar e não dominando as circunstancias, vagarosamente eu me transformava no homem que sou hoje. Fui aprendendo a ser frio, observador e extremamente racional.

Você se achava superior, cheia de vaidade e mais inteligente. Me manipulava de acordo com o seu interesse. Eu era apenas um jovem cheio de sonhos, mas não tinha planos. Tinha força, mas não tinha esperteza. Tinha vontade, mas não tinha maturidade.

O tempo foi passando, passando e passando (...).

Este mesmo tempo foi jogando ao meu favor, foi me ensinando a ser mais calmo e a ter domínio próprio. Ao mesmo tempo você foi perdendo o controle, pois o seu prazo de validade estava com a data marcada para vencer.

Mal sabia eu que o DEUS CHRONOS estava do meu lado e contra você. Sim, foi o tempo que me ensinou que sorte não existe. O que existe são escolhas e você já estava encurralada entre a razão emocional e a emoção inconsciente. O seu tiro saiu pela a culatra, a sua prepotência e o excesso de confiança lhe tornou cega demais para enxergar o que estava acontecendo debaixo dos seus olhos, e numa atitude impensada tomou a decisão errada que lhe acompanhará para o resto da vida.
Só para constar, estou bem e muito melhor sem você.


Quem sabe daqui uns anos eu lhe escreva uma carta de agradecimento por todo o mal que me fez, todo este mal me fez crescer, amadurecer e entender que a sorte embora ela não exista, sempre esteve do meu lado. 








Era uma vez

[...] Tinha muitas coisas para lhe dizer, mas você morreu.

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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