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31 de agosto de 2017

Sim, estou ciente e quero continuar...


















O que eu preciso diariamente
É sentir meu corpo queimando
Ardendo de dentro para fora
E de fora para dentro
Como uma chama que arde
E nunca se apaga.

O que preciso diariamente
É sentir o teu gozo lentamente
Sobre a minha pele
E o teu gosto amargo
Na minha língua
Percorrendo todo teu corpo.






Homem demais (...).


























Sou homem demais para viver de menos
Permaneço fora do tempo
Fora da curva
E fora dos teus conceitos.
Sou homem demais para poucos versos
Desejo mais do que tenho
Mais do que pode me dar
E muito mais do que mereço.
Sou homem demais para apenas um beijo
Careço de carne
Sangue e alma
Quero a tua unção junto com teus medos.
Sou homem demais para poucos segredos
Quero penetrar teu corpo
Gritar alto, ficar louco
E conchegar um novo enredo.
Sou homem demais pelo o que procedo
Minha sina é a liberdade
Desapego da ansiedade
para apreciar e devorar teus seios.







Nem sempre




No assombro do ser
A alma em liberdade
O encontro do saber
Com o clamor da verdade
No deslumbre ver
Desnudo a vaidade
Tão frágil perceber
No teu coração a saudade
Mistérios abster
No aflorar a vontade
Teu afogo acender
No meu peito afinidade
Não mais compadecer
Pelos atos de bondade
Dera apenas perceber
Na aspereza sensibilidade
Acostume-se sofrer
Como alivio na eternidade







A despedida da minha vida, ou tudo valeu a pena, ou ainda quem sabe eu possa voltar.




No meu ultimo dia aqui na terra
Queria saldar a vida por ter permitido
Eu ter existido.
Pois de onde eu vim, não trouxe nada.
Mas daqui levarei saudades
E deixarei versos de lembrança.
Para onde vou ainda não sei,
Todavia, vou guardar com acalanto
As experiências que me proporcionaram
Conhecer a sabedoria
E adquirir maturidade.
Neste dia antes de partir,
Quero recitar minha finda poesia.
Devolver todos os beijos que recebi
Com manifestos de gratidão.
Foi um prazer ter vivido
E conhecido almas gêmeas.
Ter me embreado com vinhos
E deliciado o prazer do fruto proibido.
Se pudesse voltar outras vezes
Mil vezes eu voltaria.
Foi bom sofrer e amadurecer,
Sentir dor e apreciar o amor.
Tive momentos de céu na terra
E glorias no inferno.
Não consigo descrever
O quanto foi sublime evolver
Sentimentos e pensamentos
Pelo qual não havia ciência.
Realizei fantasias,
Desenvolvi paradoxos,
Aprendi a tocar e a cantar desafinado.
Vivi na mesma terra
Onde viveu Nietzsche e Jesus Cristo,
Ressalvei as fases da lua.
Debrucei-me nos poemas de Nardella
E nas ironias de Bukowski.
Foi edificante ouvir milhares de “não”,
Com eles aprendi a valorizar o sim.
Nunca amei ninguém
Mas por muitas mulheres fui amado.
Pude viajar e conhecer parte do mundo,
Trabalhei, estudei e evoluí.
Tudo valeu a pena,
Cada segundo,
Cada lágrima e alegria.
Se eu for antes
E não tiver oportunidade de agradecer,
Meu reconhecimento está feito.







Um canalha no limbo




Que culpa tenho de ser quem sou? Sem dúvidas, todas as acoimas são minhas. Sou delatado a todo o momento pelo meu pensamento e pela a minha própria boca que insiste balbuciar delinquências que não cometi, mas que tenho muita vontade de fazer. Um canalha em potencial? Ainda não sei, mas gostaria muito de encontrar sentido e méritos naquilo que as pessoas pensam a meu respeito. Sou condenado e executado todos os dias na guilhotina que mesmo inventei para decapitar ideias e ideais convenientes a minha arrogante maneira de pensar. Contradizente? Não! Poderíamos afirmar que existem lacunas, ou melhor, um abismo antagônico entre o que sou e o que eu queria ser.

A psicose é como um cálice de vinho raro que poucos tem o prazer de degustar. É fácil condenar aquilo que não se conhece, é conveniente aventar sobre o assunto que não se tem domínio. Talvez os loucos estejam certos sobre outros e abrangentes pontos de vista. Mas o nosso convencionalismo não nos permite enxergar que não existe verdade absoluta. Porquanto, todas as pessoas tem boas justificativas para suas mazelas.

Deixe-me esmorecer neste absinto. Já não tenho poder de variar no que sou taxado. Teus conceitos ao meu respeito não vão mudar, meus preconceitos em deferência ao mundo também não vão modificar. Então, deixe como estar e não há mais nada a fazer.

Todas as pessoas estão certas sobre o seu próprio egoísmo. É fantástico isso, é um modo de defesa natural. Entende? É uma espécie de desejo satisfatório. É cupidez pela a utopia de realização através de coisas ou pessoas. É uma dependência igualitária por aceitação e autoafirmação. Muitos se afogaram neste mar e morreram sem antes encontrar significado para este deturpo de querer o que não tem e de ser o que não é. Quem disse que não sou o que sou, mas sou o que tenho? É uma analise no mínimo complexa, pois uma vez que tenho tudo e abro mão de todos os bens para viver uma vida mais humilde, deixo de ser? Ou me encontro com o meu verdadeiro “EU” que não era nada ou apenas tinha?

Sou “canalha” por não andar e não aceitar os arquétipos da multiplicidade? Agora não talvez, mas prefiro se definido assim. Já não me importo com adjetivo pejorativo a minha pessoa. Nada obstante, não queira saber o que penso. Pois se soubesse, desejaria me lançar no Limbo para purificar juntamente com as almas penosas.  






Prolixo, ou pela redundância que não tem preço.




Com tal e apreço me desconheço,
Em cavo de pujança me abasteço,
Sem contrariedades me aborreço,
É a força de potencia meu adereço,
Sem conveniência latente adormeço,
Pelo o que fala e não sente – agradeço.

Pelo o desejo dos teus beijos alvoreço,
Nas penúrias das madrugadas amanheço,
Com sussurros aos pés do ouvido amoleço,
Aos gozos intermináveis apeteço,
Por um afeto de estação bem-mereço,
Por uma estória sem fim careço.

Um sentimento sincero ofereço,
A reciprocidade é meu preço,
Se não for assim, nem começo.
Se houver outro parecer, compadeço.
Com cantos desatinos desfaleço,
Se não tiver sentido, desapareço.

Faz-se tanta questão, emagreço.
Se não faz, emudeço.
Com você do meu lado enalteço,
Sabes meus defeitos e meu endereço,
Por tua fatuidade também envaideço,
És a verdade a qual me esclareço.

Com firmeza e braveza me estabeleço,
No verbo da vida me fortaleço,
Pelo o teor que demuda obedeço,
Sem intento e cata, permaneço.
“Ainda não sou nada”, confesso e reconheço.
Nas sinas das madrugadas prevaleço.


















30 de agosto de 2017

A culpa do outro




A culpa sempre será do outro que não me obrigou a pecar, mas que me fez enxergar o bem e o mal. À culpa sempre será do outro que não me amou como eu mesmo nunca fui capaz de me amar. A culpa sempre será do outro que não teve a competência de ser para mim aquilo que jamais pude ser para alguém. A culpa sempre será do outro pela a minha infelicidade e pelas angustias que sempre plantei e que agora estou colhendo. A culpa sempre será do outro por não enxergar em mim aquilo que nem mesmo eu posso ver. A culpa sempre será do outro por ter preferencias e não me aceitar da forma que sou. A culpa sempre será do outro pelas as frustrações que tive em outros momentos e que agora não consegue me compreender. A culpa sempre será do outro pelo o vazio que habita em mim e que nada consegue preencher. A culpa sempre será do outro pela a falta de concepção das mazelas que cada ser humano carrega do seu passado.

Eu como do fruto proibido
Mas a culpa é do outro,
Sou vazio daquilo que estimo
Mas a culpa é do outro,
Já não mais me amo e admiro
Mas a culpa é do outro,
Sou passivo e não me aproximo
Mas a culpa é do outro,
Choro e me deprimo
Mas a culpa é do outro,
Quando calo - me comprimo,
Mas a culpa é do outro,
Sou infeliz no meu intimo
Mas a culpa é do outro.


Enfim, a culpa de tudo sempre será do outro!







Por um filho ou um adventício ofício.




Que fosse ainda e sempre mais simples
Não houvesse a necessidade de explicar
E nem a pretensão incutida explanar,
Que os olhos pudessem apenas olhar
Sem a coação e o intento ocultar.
Já não espero mais
E não tenho tempo para perder,
Já não prometo mais
E não espero nada acontecer,
Contento-me com o que tenho e com o pouco que sou.
Por um mundo sem imperatividade,
Onde não existam verdades liquidas.
Por um mundo sem pressagias,
Aonde quem vai sobre jaez de quem fica.
Não há mais indigência considerar
Ou conjugar o verbo sem tempo,
Tão pouco lacrimejar a veleidade
Que quimera um dia acontecer.
Dera-me apenas o que queres
Ou que acha em mim não merecer.
Foram muitas expectativas
E inúmeras despedidas,
A certeza passou de longe
E acenou de relance estiva.
Sobrou-se graves e faltaram agudos – não sei.
O que presentemente imagino e estimo
É a inocência que não abalizei. 







18 de agosto de 2017

A verdade por de trás das cortinas do teatro da vida, ou o poder de não escolher.




Não quero escolher. Não preciso escolher. Não tenho mais o direito de escolher. Pois, decidi não escolher nada.

Dizem que a vida é vontade de Deus, outros vão dizer que obra do acaso e/ou fruto do destino. Mas há também que diga que a vida só tem sentido pelo o poder que temos de escolher entre uma coisa e outra.

Sinceramente, por muito tempo andei perdido entre estes labirintos. Sempre me apresentaram dualismos e pontos antagônicos como: “bem ou mal, bíblia ou ciência, preto ou branco, direita ou esquerda, teísta ou ateu, verdade ou mentira, salvação ou condenação, capitalismo ou comunismo, Real Madri ou Barcelona, graça e lei, EUA ou URSS, bonito ou feio, céu ou inferno, sábio ou ignorante, alegre ou triste, sim ou não” (...).

Por muito tempo o mundo que me apresentaram tinha apenas dois lados e eu era sempre obrigado a escolher entre um e outro. À medida que escolhia um se tornava inimigo do outro. Sequer me deram a opção de não escolher ou escolher uma terceira opção. A vida parecia um jogo pelo qual o meu futuro dependia estritamente de uma opção e outra. Eu nunca conseguia compreender a razão deste vaivém. Já que não havia vitoriosos, mas sempre um lado frustrado e submergido.

 Isso foi me cansando e me desgastando (...).

Eu estava dentro do sistema, mas de alguma forma sentia que não pertencia a ele e nem fazia parte dele. A matrix tentava me direcionar, mas algo dentro de mim como uma força de potência tentava me libertar. Por muito tempo eu pensei o que eles queriam que eu pensasse, eu falava o que eles queriam que eu falasse, eu fazia o que eles queriam que eu fizesse – eu era manipulado o tempo todo, mas não tinha uma consciência plena a respeito disso.

O mundo te propõe e ao mesmo tempo impõe padrões, formalidades, ritos, responsabilidades e obrigações. Se pararmos para observar as pessoas, chegaremos à conclusão que quase toda a humanidade caminha na mesma direção. E não importa a sua escolha ou o lado escolhido, pois os caminhos seguem em paralelos e se encontram no final da linha. Toda a verdade do mundo é relativa, o que é certo em um lugar é errado no outro e vice-versa.

Existem padrões e receitas de todos os tipos para ser feliz, bem sucedido, ter status, ser prospero, ter liberdade e ser respeitado. Contudo, poucas pessoas tem ingresso a estes conhecimentos. Não me refiro a livro de autoajuda, filosofias, truques, mandingas, sorte, orações ou coisas do tipo. A ciência da verdade é muito mais profunda e complexa.

Pouquíssimas pessoas chegaram a esta conclusão e os que chegaram decidiram não participar e não compactuar deste jogo de perde-perde. Quando sou obrigado a escolher entre uma coisa e outra, a minha decisão é não escolher. Visto como a pessoa que tem que optar entre direita e esquerda é certamente a pessoa que se encontra embaixo e nunca em cima. As pessoas que se limitam entre deus e diabo ou céu e inferno seguramente não pensam e se entregaram a conjecturas hipotéticas. As pessoas que discutem ente socialismo ou capitalismo não tomaram consciência que é a mesma coisa, ou seja, no socialismo o poder está nas mãos do estado e no capitalismo o poder nas mãos de quem possui capital – quem está embaixo sempre será massa de manobra. É necessário abranger o entendimento e compreender que entre o preto e o branco existem centenas de milhares de tons de cinza. A ideia de feio ou bonito é relativo ao padrão adotado. Logo, se não existem padrões, também não existem formas de se comparar entre uma coisa e outra. Os valores estão trocados e os princípios invertidos, os ignorantes arrotam supostas verdades e os sábios são taxados de loucos e antiquados. É justamente neste momento que adoto a “lei do silencio”, ninguém sabe se sou sábio ou um louco ignorante.


Pense nisso!







17 de agosto de 2017

A insignificância da minha ignorância





















Que ainda haja acatamento
Entre as duvidas e a certezas que pairam sobre o ar,
Hipoteticamente dizendo
O desejo prevalece sobre aquilo que não se pode dominar.
São tantos anseios e expectativas
Que o coração já não sabe quais razões abdicar.
Paro, penso e escrevo;
Mas de nada adianta palavras afleumar.
Foi um afeto conjugado no futuro do pretérito
Que alanceou preconceitos no meu peito anexar.
Foram noites dramáticas afio
Que de nada adiantou dogmas antagonizar.
Volto agora e recolho-me a insignificância
Balburdiando a ignorância a me amparar.










14 de agosto de 2017

Inerente ao ser humano




Estou tentando compreender porque diabos as pessoas mentem. Uns por força do hábito e outros por maldade. Mas há também que mente de forma passiva, inconsciente e indiretamente. O pior de tudo é que este tipo de gente acaba acreditando na própria mentira.

São mentiras de todos os tipos e para todos os gostos (...).

Os homens mentem para contar vantagens, as mulheres metem para não expor suas mazelas e maldades, as crianças mentem para afirmar a inocência que não tem, os religiosos metem por ignorância e outros por avareza, os políticos metem para ocultar suas corrupções, a mídia mente para manipular o povo, os advogados mentem para justificar seus clientes, os cientistas mentem para confirmar suas teorias, os professores mentem para doutrinar seus alunos, os vendedores mentem para venderem seus produtos, por fim, não importa o sexo, a ideologia, a classe social ou a religião - todos mentem por inúmeros motivos.

Dizem que o diabo é o “pai da mentira” – mas nunca vi mentindo ou enganando ninguém. As pessoas pecam por vontade própria ou para alimentar a luxuria, a avareza, a cobiça, a ambição, a inveja, os ciúmes, a vingança e outros desejos negativos.

Parece que a mentira é inerente ao ser humano. Contudo, falar a verdade é uma boa opção para combater este mal e andar na contramão deste sistema.

Busque falar e viver a verdade - ela te libertará.











Etcetera e Afins (...).





De longe permaneci observando
”Quase inerte”.  Todavia,
Analisando as razões
Que impulsionam as alianças sem propósito.

Sonhos enclausurados em prisão sem grades.
Vontades contidas e amarguradas.
Frustração obliqua constante (...).
A realidade não é nada do que pensávamos.
Muitos se perderam
E morreram ao longo deste êxodo da liberdade,
Outros tentam voltar na contramão,
Mas esta alameda não permite regresso.
As pessoas carregam as marcas das feridas
E os fardos das escolhas precipitadas.

De longe ainda continuo observando
E tentando compreender o vazio que compõe
Tais formalidades.









Hino que não procrastino




Felicidade não é simplesmente o destino
Antes o próprio caminho.
Descreveria como a plenitude
Em conta gotas nos dias afino.
É um gozo alcalino
Num olhar inocente de menino.

Felicidade é a vontade a qual assino
Pelo o desejo que confino. 
Poderia integrar a solitude
Pelos belos seios que admiro.
É um doloroso bem querer
No afagar do prazer que imagino.

Felicidade é afinidade que atino
É alacridade que não desafino.
Componho versos com força e atitude
E amo a vida sem o pesar interino.
Ser generoso por entender
Que a plenitude é por mais divino. 







10 de agosto de 2017

Lilith, ou o amor da poesia em versos.




Dera-me a sabedoria para escrever a mais bela poesia
Ou quem sabe, o entendimento para compreender as coisas ocultas da vida.
Desejaria o poder de aprisionar anjos e destruir demônios
Juntamente com a possibilidade de assassinar todos os deuses.
Queria as chaves da morte, da vida e do inferno.
Junto com a faculdade de acumular riquezas.
Poderia acamar as ninfas de Salomão
Ou o desejo infamo pelas as castas da Babilônia.
Miraria a capacidade de possuir e não querer ser,
Como que obtém a falange da inteligência feminina.
Por tantos e quantos gozos de jubilo
Cantaria um “Shemá” desafinado ao infinito do universo
E rasgaria as paginas da bíblia e escreveria uma nova historia.
Faria migalhas de apocalipse e entoaria salmos em todas as praças da cidade.
Andaria pelado como Isaias
E atiraria pedras quem não concordasse comigo (assim como Moisés).
Amaria todas as noites a serpente do Éden
E enviaria Eva para morrer solitária no deserto de Eufrates.
Tocaria harpa, címbalos e cânticos aos prazeres da vida e do universo.











9 de agosto de 2017

A árvore do bem e do mal, ou não poder, não dever, não querer - mas apenas ser.




O conhecimento é o fruto da árvore do bem e do mal.
Nele há perda da inocência,
O saber desfaz a graça do assombro
E cria uma realidade paralela segundo os desejos da nossa carne.
Chega ser perturbador
E angustiante ter sempre que escolher entre uma coisa e outra.
Seria mais fácil ter o poder de não optar,
Assim não erraríamos.
A concepção de livre-arbítrio é aterrorizante,
Porque embora tenha escolhas
É tendencioso o ser escolher o mal.
O homem tem prazer
E busca completude no pecado (se é que me entende).
O ser humano é tendencioso ao mal
E tentado pelos seus próprios desejos e cobiças.
É uma espécie de vazio que habita dentro do coração
E perturba a continuamente a mente.
Por mais que todos neguem
O homem quase sempre pensa uma coisa,
Fala outra e faz outra completamente diferente.
É um conflito continuo entre querer, poder e dever.  
O que quero, não posso.
O que posso, não devo.
O que devo, não quero.
Como posso resolver?

Seria mais obvio não poder, não dever, não querer – mas apenas ser. 







Por cantares da filosofia e da poesia em defronte a realidade que Deus expirou em presença da verdade que o mundo não consegue enxergar.




Tenho meus conceitos e preconceitos, muitas teses e teorias (...). Geralmente, as pessoas não concordam com minhas ideias e ideais, mas elas não conseguem contra argumentar ao ponto de me fazer mudar de opinião ou pelo menos me fazer enxergar um novo ponto de vista. Não que eu esteja sempre certo ou seja o dono da razão (longe disso), mas minhas apreciações são fruto de experiência e observação do comportamento humano. Já estudei teologia, psicologia e hoje estou mergulhando nos oceanos da filosofia e da poesia.

Antigamente eu tinha certeza de tudo. Nunca fugia de um debate ou um embate de ideias. Adorava explanar colocando ponto final e exclamação ao final de cada frase. Na minha mente eu estava certo e o mundo errado. Eu queria mudar e dominar o mundo!

Mas ao longo deste caminho alguma coisa aconteceu, ou melhor, muitas coisas aconteceram. Eu adorava lançar a primeira pedra, mas quando recebi a primeira pedrada na fonte o meu mundo desabou. Aquele mundinho heliocentrista se desfez como se rasga papel. Passei por um longo processo de desconstrução e revisão de prismas.

O meu Deus expirou (amém)
E meus sentimentos também.
O meu medo se foi
Com meus pecados para o além.
Nunca mais chorei
Ou sofri por alguém.
Fui ao inferno assassinar o diabo
E ele morreu como um “Zé-ninguém”.
As forças que me oprimiam
Hoje não mais me advém.
Os fardos que carregava
Mais nada contém.
Libertei-me do mundo que me agonizava
E agora de nada sou refém.
Não preciso de drogas,
Nem de religião e nem de harém.
Sou prisioneiro da liberdade
Pela a solitude que me provém.

As respostas não estão nas afirmações e nem nas perguntas. Talvez, ela esteja defronte aos nossos olhos, mas não conseguimos perceber. Os nossos anseios e traumas não nos permitem enxergar o obvio. O que acreditamos ou fazemos não muda a realidade, mas o que somos.

Mas o que somos?

Somos um reflexo embaçado e por isso não conseguimos enxergar o outro lado.













Rascunho, ou esboço da vida.




Estar só e vazio – solidão.
Estar só e cheio – solitude.

A culpa não é do mundo
Não é das coisas
Não é das pessoas
Não é de Deu(s)
Não é de HaSatan
Não é do destino

Os nossos problemas são tão somente nossos
A nossa dor só dói na gente.

A vida ganha sentido quando encontramos os 5 elementos
Paz, saúde, sabedoria, prosperidade e liberdade.

Há muitos e muitos caminhos
Pedras, abismos e adversidades ao longo da caminhada.
Mas são estes infortúnios que nos permitem crescer
Adquirindo experiência, maturidade e compreensão.

Vale a pena, ouse viver.








Beijos e satisfação




Por um contentamento que seja capaz de rasgar o tempo
E preencher todas as lacunas da alma,
Que a alegria de ser possa transbordar de todo entendimento
E que nenhuma aflição possa encontrar lugar para repousar.
Isso chamo de perfeição.

Adentrei na plenitude quando encontrei paz.
Me tornei um homem mais manso e sereno,
Mas o mais maravilhoso
Foi obter um espirito independente.

Longe de mim a autonomia
Pois ainda sou limitado a realidade, ao tempo e ao espaço que habito.
Não tenho poder de voltar no tempo
Contudo, posso mudar o meu futuro
Escolhendo hoje o que quero e o que não quero.

Se a vida me presenteou com a dadiva do “agora”,
Quero ser grato
E optar por não aceitar a depressão, o stress e a ansiedade.
Estes são fardos pesados
Que não preciso e não quero carregar.

Que a existência seja leve
E tenha acima de tudo sentido e prazer.
Espero transbordar essa verdade
E que outras pessoas que vivem atribuladas
Também possa se deliciar de vinho.

Menos inveja, menos tristeza,
Menos rancor, menos vingança.
Mas amor, mais tolerâncias,
Mais justiça, mais esperança.

O mundo nunca será pleno, mas algumas pessoas serão.

Beijos e satisfação. 






8 de agosto de 2017

Sem Fim (...).




Beijos, desejos, ensejos, apelos (...).
Às vezes pelo o impulso
Outras vezes pela a razão,
A vontade que faz perder o controle
E o ponto de colisão.
É o momento, é agora e neste instante.
Que o corpo pede
E se perde em perpétua delirante.
Esgrima a vontade
Entre tapas e prazer,
Olvidos pressentidos
No pranteado acontecer.
Beija-me com os beijos de tua alma
E sinta meu corpo dentro de você.
É sublime e arrebatador
O teu anseio por mim,
A tua boca diz “não”
Mas teu olhar pede para não ter “fim”.











Mazelas




Pensamentos dilaceram a realidade, transpassam os sentidos, arrebatam entendimentos, assassinam certezas e confrontam a existência. Sentimentos obscuram a visão, ocasionam sofrimentos, aniquilam expectativas e nos acopla a ilusão. Desejaria não optar entre um e outro. Às vezes é melhor não saber a verdade, pois ela machuca.

Alguns acreditam que a vida é ciclo que sempre está se reconectando com seu ponto de partida, outros acreditam que a vida é linear e que sempre está continuas mudanças e evoluções. Eu, particularmente acredito que a vida esteja dentro de um espiral preso no tempo espaço, ou seja, ela vai repetindo algumas fases e escrevendo uma nova estória.

Mas, foda-se! Não quero filosofar – vou mudar de assunto (...).

Por favor, me proponha um desafio.

Acolho o jogo e aceito a provocação. Que não passe de mim este cálice e que o mesmo possa transbordar, manchar minhas roupas e derramar sangue sobre minhas teses.

Queria muito quebrar a cara
E estar enganado,
Gostaria que meus preconceitos
Já não tivessem se tornado juízos.
Por outro lado;
Agradeço por ter tido o ensejo de degustar do fruto proibido
E perdido a inocência.
Hoje vejo que o mundo é mal,
As pessoas são más e de vez em quando praticam o bem.
Os homens enganam a si mesmos
Quando acreditam nas mulheres.
Com relação ao sexo oposto
Só vejo beleza, malicia e perversidade.
Nenhuma se salva (nem minha mãe),
Talvez, somente a mãe de Cristo.
Os homens são fortes, miseráveis e carnais,
As mulheres são fracas, mentirosas e espirituais.
Ambos sobrevivem com suas virtudes e mazelas.





Somos Homens




Você é bonita, sim, tudo bem. E creio que poucos dirão o contrário. Ninguém vai deixar de achar seu nariz arrebitado bonito, as linhas do seu rosto bem desenhadas, sua boca bem formada, olhos brilhantes, sorriso cativante e seu corpo torneado. Mas isso não me atrai a ponto de você se achar e ser arrogante perante eu e todos os outros.
Sua beleza física é irrepreensível. Mas nada disso veio de você, de sua luta e de seu caráter. Você somente teve a sorte de nascer assim. Sua personalidade está entre as mais horrorosas de todas as mulheres que já conheci. Você não me cativa a ponto de achar que te quero como você pensa.

Você não me atrai a ponto de se sentir a ultima bolacha do pacote. Pare e olhe ao seu redor. Mulher bonita tem aos montes. Mulher gostosa é abundância. Nós, homens, dependendo da forma que agimos, podemos escolher dentre várias. Repare que não é a toa que você é constantemente trocada por outras mulheres e, até, pelos próprios amigos dele.

Os únicos homens que te rodeiam são os que geralmente lambem seu salto e fazem tudo o que você quer. São, na imensa maioria, aqueles que você pisa. Ao seu redor não vive nenhum homem de valor, sociável e bem aceito por todos.

Talvez alguns otários que fariam de tudo para talvez saírem com você por um dia. Mas isso é devido à sua beleza, nunca por quem você é. Você é chata, arrogante, fútil e rude. Então, digamos que sua humildade é tão grande que chega a ser menor que um grão de areia. E, por mais que tudo aconteça com você, você não enxerga tais fatos e age consequentemente pior a cada decepção que acontece em sua mente totalmente fechada.

Ninguém te decifra, pois você é fria. Ninguém quer descobrir o que tem por trás desse sorriso bonito, porque você é rude. Não, eu não te quero. Você é feia (por dentro). E isso não tem beleza que dê jeito.


Somos Homens. 






2 de agosto de 2017

O que é o amor?




O amor romântico é a pior de todas as drogas. Ele rouba os sentidos e expõe toda a mazela do ser humano. Chega a ser sobrenatural a mudança de hábito e postura quando uma pessoa é tomada por tal comiseração. É um sentimento deplorável e irracional, é uma exposição de tudo que há de alucinação e loucura dentro do ser. Alguns possuem a ideia de que o amor é eterno e imortal. Entretanto, a realidade não se conforma com esta dissertação. O amor é uma fantasia que traz conforto como a fé. Quem diz que ama, carrega no peito a dor do sacrifício, da escolha de fazer pelo o outro o que o outro não pode retribuir. Amor é doar o tempo, em outras palavras à própria vida. Amar requer dedicação sem benefícios. O amor é mais que um sentimento ou uma escolha – o amor é um suicídio irracional. Que beneficio se tem em amar? Nenhum a não ser uma utopia. Há quem pense que deus ama a humanidade, mas ninguém se quer pode provar a existência de Deus. Dizem que Jesus morreu por amor, mas se analisarmos o texto friamente sem o pano de fundo religioso, ele foi apenas condenado de forma injusta. Se pensarmos no amor entre mulher e homem – ele não existe. São uma troca de prazeres e interesses de ambas as partes, tanto que quando a fonte do mérito cessa, o amor falece. O amor de pais é filhos também soa como uma obrigação e responsabilidade de consequências por atos impostos. O amor que os poetas tanto descrevem é senão decepções por atos não correspondidos ou alegorias de vestíbulo. A bíblia mesmo diz que o amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta, ou seja, amar é sinônimo de sofrimento. Os gregos sistematizaram a ideia de amor em ágape, fileo e Eros – três domínios variantes da mesma coisa. Muito se fala em amor próprio, que em outras palavras soa como individualismo, egoísmo e orgulho. Muito se fala em amar a DEUS sobre todas as coisas – mas qual DEUS? De qual Cultura? O DEUS criador dos romanos, dos astecas, dos mulçumanos, dos gregos, dos cristãos, dos babilônicos, dos nórdicos, dos maçons ou ainda outro? Como posso amar meus inimigos sem ser hipócrita? Como posso amar o próximo como a mim mesmo? Quem ama a si mesmo não é egocêntrico? O amor é para o ser humano um juízo de condenação. Um peso impossível de ser transportado. Uma ideia que ainda precisa ser maturada e destilada. Falar que ama é fácil. Demonstrar amor tentando agradar é fácil. Morrer de amor também é fácil. Difícil é viver e carregar este sofrimento quimérico em busca de sentidos e respostas.








1 de agosto de 2017

SoFisMa

No âmago ocasional tudo não passa de nada. Indagações, questionamentos, debates, embates e sofismas sem provas e comprovações. A verdade do mundo não passa de concepções e interpretações da realidade. Em todos os âmbitos (científico, religioso, político, relacional, técnico e filosófico),  o fato não consiste – é uma espécie de niilismo que se expande e anedota as respostas para apostilar a realidade que “é e não é”, ou seja, embora física e tangível, também transitória e liquida.

Nada dura; tudo passa. Tudo acaba. Seja a beleza, o dinheiro, o poder, a sabedoria, o amor, as ideologias, os sonhos, as conquistas – até mesmo os deuses morrem quando são esquecidos.

O que temos é apenas o presente.  a verdade é que na vida não temos garantia de nada e a única certeza é que um dia todos iremos morrer. O resto é suposição, conjectura, expectativa e fé. Somos pobres miseráveis e escravos do destino, do acaso, dos deuses e das nossas próprias escolhas. A nossa liberdade e autonomia vai até “a página 12”, já nascemos condenados a viver uma vida a qual não somos soberanos sobre ela.

Tenho a impressão que somos causa do efeito e não a fonte. Sobretudo, ainda não temos muitas explicações concisas a respeito. Estamos no processo pelo qual não temos ciência do seu inicio, o seu proposito e seu destino. Também não podemos saber se um dia teremos tal conhecimento. O que alimenta a fé é a esperança, esta esperança está carregada de sofismas, achismos, hipóteses e pressuposições.


Afinal, as pessoas precisam se agarrar em algo para não afundar neste mar de angustia, insegurança e incertezas. 






Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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