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10 de dezembro de 2022

Ad não vem.

 









Quando a saudade sente vontade

O desejo corrompe o orgulho e o parte pela metade.

A moral perde os limites para a paixão,

Os sentimentos agudam e embaçam a direção.

Desatento as palavras se perdem no entendimento

Por querer viver a eternidade em apenas um momento.



Cantar desafinado

E colocar todos os anseios no ar,

Falar por falar

E sem entregar sem pensar,

Não é necessário

Mas pode ser a última chance quiçá.



Falta-lhe conhecimento

E sobra conclusões,

Abundaste em julgamentos

E se perdeste em opiniões,

Não há mais tempo para juramentos

Perfuraste ambos corações.









13 de novembro de 2022

O tempo foi passando e levando tudo embora.


O tempo foi passando

E calando minha poesia,

Há tempos que a inspiração

Não desperta nostalgia,

Falta-me momentos

Mas me sobra a mente fria.

 

O tempo foi passando

E me trazendo consternação,

Fiquei sem verbos,

Sem rimas e sem arder de paixão.

Falta-me entusiasmos

Mas me sobra aflição.  

 

O tempo foi passando

E me matando devagar,

Fiquei sem beijos

Sem desejos para me apaixonar.

Falta-me comoção

Mas me sobra um pouco de ar.

 

 

11 de outubro de 2022

Desejos que se reencarnaram, ou de volta ao passado.

 


Meus desejos se reencarnaram

E me trouxeram o carma que jazia esquecido,

Pago por pecados sem precedentes

E por saudades que nunca deveria ter tido,

Águas passadas retornaram

E, como dantes nunca havia acontecido.

 

Análises, análogas, analogias (...)

Tudo para aclarar o que não tem explicação,

A realidade se tornou fantasia

Para fincar incertezas no coração,

O tempo se encarregou de nostalgias

E juntamente ressuscitou a desilusão.

 

Devo parar de pensar para não sofrer

Bem como tentar a ignorar a ansiedade,

Se vou dominar, não vou saber...

Enquanto isso perco meu tempo nos bares da cidade,

Sinceramente não consigo compreender

O que fiz para merecer essa tempestade.





20 de setembro de 2022

Morro ou insisto em viver?



A minha poesia me silenciou

E mudou o meu modo de ver,

A minha poesia me despertou

Para as coisas que não conseguia perceber,

A minha poesia acordou

A realidade que estava a adormecer.         

 

O que faço agora;

Morro ou insisto em viver?

 


22 de abril de 2022

Teses de conspiração


Um prostituto, sem indulto e sem perdão,  

Um homem perdido em meias a críticas por não ter coração.

Por vias gerais acostumado a ouvir “não”,

Sempre confiou e nunca conjecturou da própria intuição.

É redundante, é revoltante agir sem planos de ação,

E agora, quem poderá estender a mão?

Morre a beleza sem deixar explicação,

Sem mais no momento – sem embargos de declaração.

Não há testamento e nem testemunhas na ocasião.

Sem legado e sem pedidos de integração,

Morre um poeta, um profeta – um homem de santa inspiração!

Carrega a culpa e não pede desculpa pelo o dolo sem intenção.

Se é que entende e não compreende tanta perspiração.

Termino por aqui, fico aqui, com minhas teses de conspiração.




Atos de inspiração pela a mulher mais bela e interessante, ou ainda quem rega minha solitude e devora o que resta de razão.


E meu corpo grita, clama, reclama, urge, proclama e implora pelo o teu amor, teu ardor, teu calor e, principalmente pelo o teu tesão. Sim, meu corpo arde como chamas infernais! Não se consume, não se satisfaz (não tem salvação) – todavia, porquanto, nada obstante; ainda quer mais.

 

És uma mulher bela e interessante,

Quando a conversa flui, a química nunca cessa.

Não há verbos que conjugam o instante,

Beijo teus lábios e divago sem pressa.

Tua voz suave é ainda mais instigante

Quando provoco e ficas de desejo possessa.

 

E meu corpo percorre o teu corpo, fico louco, uivo como um lobo e perco os sentidos da direção.  Sim, meu corpo ama a tua alma, se satisfaz no teu medo, rouba-lhe o sossego e descarrega em ebulição. Perco-me entre os sentimentos, não consigo dizer “não”, arruíno meus pensamentos para viver o momento de uma paixão.

 

És a mulher que rega minha solitude

E devora o que resta de razão,

Abro mão da minha plenitude

E entrego-me sem comiseração,

Quando me falta atitude

Sobra atos de inspiração.





10 de março de 2022

Se valorizar é dar sentido a vida.

 



É sublime se sentir valorizado;

Não necessariamente por alguém,

Mas pela a sua importância e significância.

É gratificante realizar

Conquistar e gozar da decorrência do bem feito.

 

O mundo já medíocre demais,

As pessoas estão quase sempre na mesma média.

As vezes quando alguém pensa ou faz algo diferente;

Já começar a destacar

E atrair olhares invejosos e ciosos.

 

Objetivar é dizer para si mesmo que tem capacidade,

É construir um legado.

É fazer história.

É assinar seu nome no orbe

É dar sentido a vida.




 

 

9 de março de 2022

Era ela, ou contos de uma realidade sofista e subjetiva.


 

Logo ela que julgava

E não queria ser julgada,

Não amava,

Mas queria ser amada.

Dizia coisas belas

Mas tinha o coração sujo,

O mundo ao redor dela

E ela contra todo o mundo.

Tinha aparência de anjo

E a mente de um demônio,

Atitudes em desarranjo

Hipocrisia era seu pseudônimo.




 

 

Amor Soviético

 




Em face a vaidade que lhe permeia

E o orgulho que lhe anseia,

Lanço ao tempo dados

Ou quem dirá sorte em compassos.

 

                  O poder, a sede e inquietação                    

É o abismo no vazio do coração,

Quem poderá impedir?

O império em ruinas não vai ressurgir.

 

Aos olhares sanguíneos

A meta não é um caminho retilíneo,

Basta observar e perceber

Que quem planta não irá colher.

 

Enquanto um se move por acordos

Quem não tem palavra, promove o desacordo.

É uma estrada sem direção

É a premissa de um precedente sem razão.

 

3 de março de 2022

Sem mais, ou por enquanto.





Culpado pelas coisas boas que fez

E tratado com indiferença por todas maldades cometidas,

Quem me dera ao menos uma vez

Rabiscar todas as páginas da vida não lidas.

Não importa se acertou mais de uma vez

Para sempre irá colecionar pessoas inimigas.



Pessoas entram e saem das nossas vidas

Como se fosse um jogo de sim ou não,

Algumas pessoas saem feridas

Por depositar sentimentos onde deveria ser razão,

Assim são todos os dias

Quem culpa não pede desculpa - tão pouco estende a mão.



O braço que abraça é o mesmo que afasta,

A boca que disse que amava, hoje odeia.

Dói muito mais que uma tapa

Olhar no olhos como coisa alheia

Palavras serão sempre palavras

Bem pior o vazio que lhe permeia.




2 de fevereiro de 2022

De contínuo...


 

Encontra-me nos teus pensamentos, nos teus sentimentos, na tua vontade aflorada ou quiçá no teu orgulho desflorado. Do que adianta dizer que não quer e no fundo saber que ainda me ama? Não seja uma tola mulher para pensar que foi apenas um momento na cama. Ainda não sei como consegues amar e odiar ao mesmo tempo, deve ser uma loucura desejar e não conseguir me tirar do pensamento. Pode me bloquear para tentar esquecer, mas não alimente o orgulho que vai lhe fazer sofrer. Pensei que houvesse mais maturidade, mas como não sabe domar os sentimentos; não saberá a verdade. Não espere eu partir para correr atrás, pois se eu ir, certamente não voltarei mais. A vida não é um jogo onde terá um ganhador, mas é certo que sempre existirá um perdedor.





Do passado ao presente.

 



Por tantos olhares atravessados

E desejos ocultos,

O tempo trouxe ao presente o passado

Um sentimento claro e enxuto,

O que sempre ficou guardado

Agora recebeu indulto.

 

Bastou um despertar

E aflorou os sentimentos,

Quem poderia imaginar

Que não era apenas um momento?

Pode dar o que falar

Aconteceu com pleno consentimento.

 

E agora, o que poderá ser?

Um instante ou uma biografia?

Só não consegue ver

Que nunca esteve em sintonia.

Há coisas que não é para entender

Ou quem sabe explicamos algum dia.

 

 


1 de fevereiro de 2022

Minha poesia!


 

Minha poesia não tem rimas

Não tem pontos

Tão poucos virgulas

 

Minha poesia é minha obra prima

Meus contos

Minhas narrativas

 

Minha poesia é uma alegoria

Por tantos e quantos

Em compassos de tercina

 

Minha poesia e minhas nostalgias

Meus assombros

Meu choro de alegria

 

Minha poesia é tão somente minha

Prosperam espantos

De portanto e todavia

 

Minha poesia desafina todos os dias

Passeia por pântanos

E afoga em mares da psicologia

 

Minha poesia sempre em sintonia

E como não sou santo

Me afogo em desejos de orgias

 

Minha poesia é minha energia

Meu mantra é meu manto

Que me cobre sem liturgia





20 de janeiro de 2022

Apenas imagem, ou mera realidade em decomposição.

 


Perder-se-á a vida pelo o verso absurdo

Na busca inerente e sem precedentes pelo o verso pleno,

Foi acumulando conflitos,

Bebendo de inseguranças

E depreciando o pouco que havia de serenidade.

 

Carregado de vestígios sem evidencias

É como viver tão somente por aparências.

 

A dor dói, corrói, destrói e não cura!

Os sentimentos são um pátio de lacunas não resolvidas.

Não bastava apenas o espirito de humanidade,

Pois o mundo nunca esteve tão descontinuado.

Falta brio, coragem, inteligência e vontade (...).

 

Nossa arte está morrendo,

Nossa musica está a cada dia mais pobre.

As poesias não são mais lidas (tão pouco cantadas),

A pinturas agora são digitais,

Os amores, as paixões e as amizades estão cada vez mais liquidas.

O mar de inspiração secou!

 

Não há estrofes, nem rimas,

Não há beijos salivados, tão pouco conjugações carnais.

Apenas coisas comerciais (propagandas),

As pessoas trocaram abraços, poesias e perfumes

Por curtidas e impulsionamentos.

 

Afinal, o importante é a imagem.

 

 


4 de janeiro de 2022

Não tenha piedade de mim; clamo e proclamo pelo o teu castigo!



Como dantes, agora e sempre

Seja o teu olhar fulminante que penetra e transpassa a alma.

Com vigor, com ardor, com paixão e sem indulgência.

Paraliso no teu olhar

Como ambiciono o teu corpo

E admiro teus pensamentos.

 

Quando a poesia começar a fazer sentido,

Estarei em perigo e perdido clamando pela a tua impiedade.

Sim, não tenhas piedade de mim!

Me castigue com o teu olhar,

Me aprisione nos teus braços

E me faça dizer coisas que nunca disse para ninguém.






3 de janeiro de 2022

O tudo, o todo e o nada, ou a origem e o fim em uma coisa só.



No princípio era o “tudo”, o “todo” e o “nada”,

De repente, algo aconteceu e a magnificência se repartiu.

O que era completo se abrangeu e expandiu.

A luz tornou-se em matéria,

E toda matéria se espalhou em fragmentos pelo o universo micro e macro.

 

No começo o tudo, o todo e o nada eram apenas uma coisa só.

 

Depois do cataclisma; se dividiram, se expandiram - Como uma explosão criaram multiuniversos, multiversos, universos, microuniversos e mundos quânticos.

Contudo, o tudo, o todo e o nada habitam entre si – um dentro do outro, sobre o outro, abaixo do outro, dentro e fora um do outro.

O universo é mental, é masculino e feminino ao mesmo tempo, está em continuo movimento, um corresponde ao outro, estão em pleno harmonia, cadência e ritmo, são causa e efeito da mesma coisa.

 

A luz habita em meio a escuridão,

A vida e a morte dentro da mesma dimensão,         

A eternidade dentro do pensamento,

Partes e repartes se unem e se repartem em pleno ritmo e harmonia,

O bem e o mal encapsulados em si mesmos,

É impossível contar as estrelas, medir o universo ou quantificar a distância do nada.

 

É matéria escura e energia escura que formam o universo,

São luzes, gases e matéria (galáxias) manifestando glória, espanto e vida.





Siga com teus valores E eu sigo sozinho (...)

 



Se ainda me amas (não sei), mas é fato que não te amo e não te quero.

Apenas fixei na mente imagens de momentos que vivemos.

 

Não se engane,

Não quero voltar atrás,

Não tenho projeções e ambições com teu corpo.

Não quero nada (nunca te cobrei nada).

 

Se eu não quis no passado, por que te desejaria agora?

Se antes me dava a tua vida e jurava amor eterno,

Hoje nem sabe por onde ando e o que faço.

 

Não tenho raiva e não guardo rancor;

Deixe-me em paz com a boa imagem que guardei de nós dois.

Siga a tua biografia, cante tuas canções, leia (se quiser) minhas poesias,

Não perca seu pequeno tempo me julgando

Ou tentando me entender.

Não caibo na tua vida (nunca coube)!

 

Siga com teus valores

E eu sigo sozinho (...).






Poesia insana, erótica, devassa e promíscua; ou apenas desejos ocultos pela insanidade de viver este momento.


 













Dera-me realizar

Tudo que penso,

Apregoar meus desejos insanos,

Meu instinto profano,

Manifestar a promiscuidade que habita em mim.

 

Dera-me gozar sem pudor,

Morder tua pele,

Possuir tua alma,

Adentrar em tua cavidade

Com fereza e vontade.

 

Dera-me em erupção

Sentir o teu calor

Se transformar em suor

me enxarcar de prazer

e por um instante me chamar de “amor”.

 

Dera-me toda insanidade

De viver este momento

E morrer sem arrependimento,

Por afogar a moral sem razão

E viver sem exceção.

 

 

 

Versos e pobres rimas.

 




A morte um dia calará meus lábios

Porquanto minha poesia ecoará “...”.

Meu opróbio será olvidado

E o pretérito não mais conjugará.

Serei apenas um sopro

             Como desde o inicio sempre será.          

 

Há um hiato na minha história

Que um dia ei de atrelar,

Sofro por guardar na memória

Ideias que nunca irão aflorar,

Seja ainda minha vida simplória

De degustar vinhos e me embriagar.

 

Se amei mil mulheres

Nenhuma guardei no coração,

Se um dia alguma ainda me quiser

Apenas direi “não”,

Não aprouve merecer

Quem semeou e colheu ilusão.

 

 

 

 

 

 

 

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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