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31 de dezembro de 2023

A Mulher demônio, ou melhor, todas as coisas em uma só.

 




Ela tem todos os defeitos do mundo

Mas é tão cheia de si

E plena em suas palavras

Que a perfeição transborda através do teu olhar.

É muito desorganizada

Contudo, sabe resolver problemas com maestria.

É bonita e tem um carinha de anjo,

Também possui um ego demoníaco.

Sabe se comportar com elegância

Bem como, é voraz e perversa na cama.

Gosta de música, sair para dançar,

Provocar os homens na noite

E depois ir para igreja rezar.

Sim, ela é tudo isso

E mais um pouco.

Um poço de contradição,

Todas as coisas em uma só.

Possui mil personalidades

Sabe bem o que é formalidade e ser discreta,

Mulher intensa,

Fácil de apaixonar, ainda mais fácil para desapegar.

Não tem preconceitos,

Pega homem, pega mulher,

Ama ser pegada,

Sabe seduzir e deixa ser levada


A solidão e a SOLITUDE.

 



O que é a solidão senão um encontro consigo mesmo?

Um momento de esvaziar a alma

E pensar quem você realmente é.

 

Muitos têm medo da solidão, de viver sozinho e de morrer só.

Muitos entram em depressão somente de pensar nesta possibilidade,

Há pessoas que precisam o tempo todo estar rodeado de pessoas

Ou pelo menos ter alguém para se ancorar.

 

A solidão assombra as pessoas,

Pois a ideia de encontro com o vazio é pavorosa.

 

No meio da multidão a pessoa pode ser esconder e se passar por apenas mais um

Ou até mesmo pelo fato de estar rodeado de pessoas não se sentir só.

Contudo, há pessoas solitárias no meio da multidão.

Como há pessoas plenas em si mesma.

 

Solidão não tem necessariamente a ver com pessoas

Mas com plenitude!

Quando se aprende a caminhar só

A vida pode obter amplos significados,

O medo se esvai,

O entendimento de si mesmo se amplia,

Não há necessidade de aprovação por ninguém,

 

Quando se descobre que a sua própria companhia pode ser a melhor do mundo

A solidão se torna solitude,

Não há sofrimento em estar só

E nem dependência de pessoas.

 

O fato é que embora somos sociáveis

Também podemos ter reservas em nossa privacidade.

Há pessoas vazias em todos os lugares,

Logo se relacionar não deveria ser uma questão de necessidade

Mas de troca de experiencias,

De caminhar juntos,

De construir coisas e desenhar futuros.

 

A pessoa solitária precisa se encontrar em si mesma

É como uma lagoa que só acumula,

A pessoa que descobriu a solitude é como um rio

Que corre sozinho para desaguar no mar.

 

 

Nunca, ou quase nunca corrobora.

 












O que faço agora?

Fico aqui dentro

Ou me perco lá fora?

Será que ainda há tempo

Ou já perdi a hora?

Rapidamente a estrela cadente

Passou e foi embora,

Entre estátuas e cofres

O amor jaz outrora,

Como ressignificar

Depois de consumir mandrágora?

Ah, talvez não entenda toda essa analogia

Através de trocadilhos e metáforas,

É de proposito o arcabouço

Do povir desde outrora.

Não há poesia em bota-foras

Mas há alegria depois que choras,

Viver nostalgias

É como voltar da diáspora,

A mulher quer impressionar

E por isso demora,

A questão é que a paciência

Nunca, ou quase nunca corrobora.

 

 

O mundo de Deus e o universo dos homens

 



No mundo há muitas coisas

Boas e ruins

Belas e malditas

Doces, azedas e amargas

Repelentes e atraentes

Dolorosas e reciprocas

Acinzentadas e multicoloridas

 

Há mulheres de todos os tipos para todos os gostos

Há poesia e maldade

Há fé e falsas certezas

Há beijos de traição e amores desinteressados

Há olhares serenos em meio a corrupção

Há flores e mensagens irônicas

Há lembranças, e principalmente saudades eternas

 

Estórias e histórias

Músicas, perfumes e más intenções

Pessoas ingênuas e carros que perdem a direção

Bilionários humildes e pobres arrotando arrogância

Jogos manipulados e conchavos políticos

Ideias que transcendem o tempo e o espaço

E pássaros cantando no topo das árvores

 

O mundo está lá fora e dentro de nós

Um universo de variedades, diversidades e não compreensão

Satélites espalhados por cima das nuvens

E um oceano ainda não explorado

Ações que não conjugam verbos

Um futuro presente no passado

 

 

30 de dezembro de 2023

Debate com DEUS


 


Eu falei com Deus que renuncio à minha fé,

Não quero mais ser obrigado acreditar sem ter certeza,

A religião foi muito dolorosa comigo,

Me impôs pesos desnecessários,

Culpas, dores, medo e incertezas.

 

Debati com Deus sobre as dores do mundo,

Sobre o sofrimento dos inocentes,

Sobre a orgulho daqueles que não precisam,

Sobre o motivo de viver

E principalmente sobre a morte.

 

Mas Deus não me respondeu,

Me deixou no silêncio profundo,

E, indignado chorei,

Esbravejei com as minhas limitações

E não alcancei respostas.

 

Não sei se Deus me entendeu ou não,

Se eu fui ouvido ou não,

O fato é que não tenho mais fé!

Não me importo para onde vou se morrer,

Aceito o que for se destino ou acaso.

 

Deixo bem claro

Que não escolhi nada disso,

Não posso ser condenado sem compreender

Como funciona os processos,

Por isso exponho minha indignação com DEUS.

 

Não sou culpado por errar

E não posso ser condenado por não acreditar,

Se pudesse, eu mudaria tudo isso.

Estou cansado de clamar

E ter a sensação que não estou sendo ouvido.

 

Também não quero ser idiota como alguns cientistas

Que negam aquilo que não acreditam

Como se isso fosse uma verdade absoluta,

Quero apenas me ponderar

E admitir minha pequenez diante de tudo isso.

 

Se Deus quiser me responder; Amém!

Se não quiser, nada vai mudar.

Sigo meu caminho sem fé,

Sem fidúcias

E sem respostas.

 

Desejo apenas não perder o espanto

Da admiração pela vida,

Não quero me tornar um cético

Sem coração, sem ética

E sem compaixão.

 

Apesar de tudo tenho gratidão,

Não me sinto merecedor de nada,

E não acho justa a ideia de um sofrimento eterno

Por um erro

Ou por acúmulo de pecados.

 

Se Deus existir como diz que ele É,

Que possamos também ser,

Viver, admirar, amar e evoluir.

Que a vida encontre sentido

Ou que tudo termine em si mesmo.




Me entrego

 


Me entrego

E respiro poesia,

Alegria,

Nostalgia,

Letras dedilhadas,

Amores passados,

Saudades latentes (...).

 

Me entrego

E suspiro sonhos,

Rimas,

Olhares a finco,

Beijos molhados,

Diálogos profundos

Com tempo de qualidade (...).

 

Me entrego

E canto desafinado,

Amo sem ser amado,

Recito poemas,

Conto estórias,

Danço na chuva

E abraço por abraçar.

 

Me entrego

Mesmo ferido,

Com o coração quebrantado,

Com o peito aberto,

Com o olhar cansado,

Sem a obrigação

De juras de amor eterno.

 

Me entrego

Sem estar apaixonado

E acreditando no amor,

Por promessas de momento

Ou por azo da ocasião,

Para viver o presente

Sem certezas do amanhã.

 

Me entrego

Por pouca coisa

Ou apenas por prazer,

Por viver para viver,

Para doar mais que recebo

Ou apenas pelo ato de experimentar

O  mais do mesmo.




Um dia para esquecer


É estranho ainda pensar em você!

Isto me corrói e me destrói de dentro para fora,

Eu que pensava que já era um assunto pacificado,

Que já não tinha nenhum desígnio ou esperança,

Não sei por qual motivo você voltou no tempo para me atormentar.

Doeu e ainda doí muito,

O pior é que eu ainda não entendi teus motivos

Para fazer o que fez.

Se o não já era obvio,

Não valia a pena acreditar que poderia ser diferente.

Os teus atos de inconformidade

Me geraram danos sem precedentes.

Agora;

Há um conflito permanente entre a minha alma e minha carne,

Contudo, apesar do cancro ainda exposto

Não permito que a mente me conduza para aquilo que vou me arrepender.  

Com toda sinceridade,

Não imaginei que no vazio do teu coração

Pudesse existir tanta intensidade.

O teu silencio é claro quase transparente,

A tua distância tornou absoluto meus espasmos,

Não faço ideia por onde andas,

Mas no meu peito jaz uma dor que eu não procurei

E tão pouco fiz por merecer.

Confesso que virei a página

Mas não consigo esquecer.

Prometo que não haverá voltas,

Não haverá sinais

E nem procuras.

Não deixarei palavras pesadas

E sentimentos ácidos me consumirem,

Coloco apenas uma pá de cal para seguir em frente,

Quero agora esquecer que o nosso momento um dia existiu,

Houve significado apenas para um lado,

E como sem motivos acabou,

Com motivos será enterrado e esquecido.

 



Nada demais


 

Quais os elementos subjetivos que não foram explicitamente entendidos em nossa conversa? Ouvi atentamente os teus argumentos, bem como prestei atenção fazendo leitura corporal enquanto explanava tuas palavras. Teve todo o tempo do mundo para colocar em pauta a matéria que almejasse, inclusive a oportunidade de levantar todo o passado, debater o presente e apresentar os projetos para o futuro. Em momento algum a conversa teve o tom sustenido ou bemol, nenhum acidente na escala natural. Foi a coisa mais impressionante ocorrida, toda a complexidade pode ser resumida e expressada de forma aberta e contundente. De forma analógica, as parábolas puderam serem apreciadas e digeridas ao sabor de um vinho tinto Italiano, uma bela canção de violino solava como base enquanto observava os teus gestos.

Nunca, jamais e em nenhum tempo (redundância proposital), houve a obrigação da espontaneidade. Apesar disso, o encadeamento foi exposto de forma integral nos mínimos detalhes que um argumento pode apresentar. Confesso que é difícil expor de forma suscinta toda a compilação acumulada durante dezenas de anos.

Resta agora aguardar pela a sentença do tempo e suas conjugações.




Obsceno






Foge-me a possibilidade

De te olhar e não te desejar,

Transpassa-me o coração

A intensão de te possuir de fora para dentro,

Sentir o teu cheiro,

Sussurrar em voz grave nos teus ouvidos,

Apertar forte as tuas coxas,

Beijá-la lentamente,

Sentir o teu calor em contato com meu corpo.

Meus pensamentos se aguçam

Em infinitas fantasias,

Meu desejo se aflora com a química dos teus lábios,

O teu perfume natural desperta meus instintos

De lobo selvagem,

O teu jeito feminino exacerba

O ápice da minha masculinidade,

Manifesta em mim atitudes que me fazem perder o controle.




O amor e seu prazo de validade.

 


Foste de longe o amor que mais permaneceu,

Alimentado de carinhos;

Por conversas;

Por projetos;

por sexo;

pela ideia de matrimonio;

por momentos inesquecíveis;

por brigas sem sentido;

por aprovação familiar;

por cumplicidade;

por compatibilidade religiosa;

por gostos similares e distintos;

por carência;

por objetivos em comum;

por viagens memoráveis (...).

 

Mas, como tudo na vida tem prazo de validade: ACABOU.





Carta de um amigo sincero, ou expectativas frustradas sem surpresa.





 


A confiança lhe trai,

Machuca, emputece e desenvolve sentimentos sem precedentes.

Quando a recíproca não é verdadeira,

Um lado se fode

E o outro pouco importa.

 

Quando um coração é mau

A mente é perversa,

As pessoas se escondem com mantos de charlatanice.  

Vendem imagem do que não são

E depois se ocultam como se nada tivesse acontecido.

 

Cobram coisas que não são capazes de entregar,

Alimentam leões com capim,

Mentem descaradamente,

E ainda pior,

Estão perdidos em um mar de inconstâncias.

 

A cada dia,

Um novo “está tudo bem”,

Mas no fundo o vazio só se dilata.

Porque hoje está bem pior que ontem

E amanhã não haverá.

 

Como uma lagoa podre

Querem apenas receber e acumular,

Transbordam sujeira e um cheiro ruim.

Pouco compreendem que o mais simples

É quase sempre o mais importante.

 

 

 

Uma nova postagem, ou uma história revelada através das linhas subjetivas.


 








E de repente sem anseio ou expectativa

A vida lhe propõe através do não um sim,

Pode bater forte,

Pode ser sem querer,

Pode até ter muito significado

Ou apenas acontecer.

 

Um momento pode eternizar;

Através de poucas palavras

- Vidas podem se reencontrar,

Se desencontrarem

E quiçá de além

Se amealharem (está correto).

 

Sim, O que não era para ser

E com poucas possibilidades

Advir com intensidade e propósitos.

Era lindo, maravilhoso, um sonho...

Mas como todo sonho

Acaba quando se acorda para realidade.

 

Os instantes são verdadeiros,

A espera latente,

Mas nem sempre o anseio

Corresponde o fato.

O desapego se manifesta,

E o desinteresse se fixa entre duas vidas.

 

No mundo tudo acontece

Coisas boas e coisas ruins,

Inclusive coisas que não mereciam ser lembradas.

Entre encontros e despedidas

O não pode marcar mais que o sim

E ficar estigmatizado na memoria.

 

A impossibilidade sempre foi real,

Andar em rumo o nada

E como se perder de proposito.

Há coisas que sabemos que estão erradas

E, mesmo assim continuamos

Sabendo que a merda vai acontecer.

 

O fim do caminho pode abrir novas portas

Outros lugares

Outras pessoas

Dezenas de centenas de beijos

E troca de energias desnecessárias

Apenas por prazer.

 

Tentativas frustradas

Por protocolos e conveniências,

Objetos,

Passados que jaz a porta,

Verdades ocultas

E conexões instantâneas.

 

Tentativas e erros,

Esperanças em cofres sem fundo,

Beijos momentâneos,

Teses desperdiçadas

Por desrespeito e consideração

Que nunca aconteceram.

 

 

 

20 de dezembro de 2023

Magoei

 



Eu que um dia confiei

Acreditei, me apaixonei

E posso até dizer que amei.

E agora já não sei,

Não foi por nada que me magoei,

Por minhas expectativas me decepcionei.

Não sei para onde eu irei,

Apenas observo e finjo que não sei.

 

Perto do fim



E de repente a gente acorda e percebe que o tempo passou,

Que os cabelos escuros embranqueceram,

Que os anos de agora não são como imaginávamos,

Que estamos mais pertos do fim que do começo.

Quando crianças queríamos ser adultos

Para realizar muitos sonhos

E agora tudo o que queremos é paz.  

 

A paixão já não bate mais forte no peito,

O amor que guardamos é aquele da juventude,

O vigor já não mais impulsiona nossos objetivos,

Nada do que é agora, é como queríamos que fosse.

Jaz o tesão, o assombro de olhar a vida e admirar,

A velhice é um enfado principalmente quando olhamos no espelho

E somos apenas uma imagem envelhecida  e cansada.






Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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