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20 de março de 2024

Meu silêncio, meu desejo.



No silêncio da noite, corpos se procuram,

Em meio à penumbra, desejos se afloram.

Toques suaves, arrepios que arrebatam,

Em um ballet de paixão, os corpos se entrelaçam.

Olhares cúmplices, sorrisos sedutores,

Caminhos traçados por mãos exploradoras.

Suspiros sussurrados, gemidos promissores,

Em um dueto quente de almas pecadoras.

Sob lençóis de seda, a dança continua,

O ritmo acelerado, a entrega absoluta.

Doce pecado, paixão que flutua,

Em corpos que se buscam na noite bruta.




13 de março de 2024

Um café, depois um Whisky, ou uma conversa sobre a tua insanidade inconsequente.





        Sirva-me um café e, me fale sobre como consegue ser tão intensa e ter sentimentos tão superficiais (rasos). Parece-me ser um atalho para se refugiar no próprio medo de querer e de não se entregar. Explique-me sobre ter vontade e consciência do que está fazendo (dolo) e mesmo assim não carregar culpa nenhuma. Não consigo compreender tamanha insanidade, meus pensamentos não comportam a lógica e até mesmo o costume de ser inconsequente nas próprias decisões. Se a loucura coubesse explicações, tais comportamentos não abarcariam e não comportariam tuas atitudes.

        Antes que o café esfrie, conte-me sobre o vazio que paira sobre a tua alma, sobre como o teu coração permanece afundando nos abismos das trevas. Gostaria muito de poder compreender tuas razões e trazer um pouco de luz no teu mundo de caos. Como prometido, não expandirei e não divulgarei teus opróbios. Antes, estarei onde sempre estive, da mesma forma, com braços abertos e com o coração acessível a tua demanda.

        Obrigado pelo café, daqui um momento sirva-me um Whisky. Meus pensamentos precisam se propagar e se estender para trazer novos arrojos e resoluções. Não tenho respostas para tudo, mas podemos juntos encontrar um caminho (nova direção). Talvez escrever de forma diferente a mesma história e estabelecer um final alternativo para um decreto definitivo fruto das consequências das tuas atitudes insanas e inconsequentes.


Por favor, uma dose com apenas duas pedras de gelo.



 

Sem arrependimento, sem perdão, sem culpa e sem direção; Sujas estão as tuas mãos.




Avançastes sem precedentes  

E rompestes a linha tênue da confiança,  

Quebraste os parâmetros da empatia 

E sem culpa alimentaste a insegurança.  

Não haverá páginas de nostalgia 

Como se atira uma flecha sem lança.  

 

Falta-me palavras para dirimir 

E expressar tamanha decepção,  

Como o ouro de Ofir perdeu o valor 

E o brilho de admiração,  

Sem culpa volta a dormir 

Como se nada fizeste sem intenção.  

 

Quiçá haverá perdão  

Mas nunca mais irá voltar,  

O arrependimento que muda a direção 

Parece não lhe despertar, 

Sujas estão as tuas mãos  

Mas parece não lhe importar.  





Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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