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30 de janeiro de 2017

Impossível






Impossível para mim é tudo o que posso e não quero, que quero eu não devo, que devo e não faço. Impossível é apenas um sentido de uma mera concepção que tenho e não consigo fazer, ter ou compreender. Impossível é o que devo e não consigo pagar, é o que desejo e não possuo, é o que acho e não compreendo. Impossível um dia pode deixar de ser, pois pode ser tangível, cognoscível e por enquanto. O meu impossível é cheio de contradições, de acepções e concepções. O impossível é para mim relativo, abstrato e de tempos em tempos conjugado. O impossível é transitório, imaginativo, atinente ao tempo e ao espaço. 

A ideia de impossibilidade me permite fechar dentro do meu mundinho e rejeitar a complexidade da realidade. O impossível é uma variável de acordo com a consciência de cada um – logo o que é impossível para um pode não ser impossível para o outro. Por outro lado, acreditar que todas as coisas são possíveis é uma logica sem logica. Vou explicar “o fato de ter fé não quer dizer que algo vai existir ou acontecer”. Fé é como chutar uma bola de futebol do mesmo lugar com a mesma força, ou seja, ela nunca segue a mesma trajetória e atinge com precisão o objetivo. 

Fé está longe de ser algo absoluto. Mas o que é absoluto neste mundo? A resposta é “nada”, pois tudo que está condicionado ao tempo e ao espaço um dia vai deixar de ser. Todas as coisas vivas um dia irão morrer, até mesmo as coisas inanimadas estão em constante processo de transformação. Todo o universo está em movimento deste as galáxias ao um átomo de uma mesa de ferro – tudo muda, tudo se transforma, tudo acaba e se renova. 









25 de janeiro de 2017




Falta-me inspiração
Para escrever
E descrever a vida.
A minha poesia
Morreu nos acordes
Desafinados da minha voz.

Sobra-me razão
No caminho que alterna
Entre amor e desilusões.
Mas como não sinto solidão
Não morro de ansiedade
Meu coração não sofre por sentimentos.

Flores e espinhos
Beijos quentes - desejos insanos...
Quem quer, cativa!
Não espere
Aja e seja sincera
Comigo e com seus anseios.

Enquanto isso
Eu sigo e não olho para traz...
Meu coração está aberto
E minha mente também.
Quero mais que um beijo
E da vida o mais puro prazer. 







6 de janeiro de 2017

Case-se



Contratos, formalidades, títulos, diplomas, alianças, sociedades (...). 

Previsibilidade não é meu lema. Nunca fui chegado em rotinas, em costumes, em usualidades comumente – em outras palavras, nada clichê. 

Às vezes me sentia um “ET” por não fazer parte do senso comum. Nunca curti a ideia de ser igual e seguir sempre o mesmo fluxo. Sempre tive dificuldades em aceitar o destino como algo pronto e estático – jamais aceitei que a vida é uma dinâmica pré-estabelecida por deus (seja ele quem for). Continuamente nunca compreendi o chamado livre-arbítrio, este conceito jamais respondeu minhas perguntas ou me trouxe pleno esclarecimento sobre o poder autônomo e absoluto das minhas escolhas. 

Tenho certeza que irá questionar “Afinal, em que você acredita?”.  A resposta ainda não está pronta, talvez nunca vá estar – pois, sempre vai mudando com o andar da carruagem. Já não acredito e não tenho certeza de mais nada nesta vida. Os velhos conceitos se dissolveram e os novos não alcançam sustentabilidade – a verdade é mais que relativa em relação o ponto que se fricciona e a direção que se aponta. 

Há mais que 50 tons de cinza – isso não é questão de está certo ou errado (se é que me entende). Vamos supor (apenas supor) que a eficaz acepção é um segredo que está diante e ao alcance de todos, mas nem todos estão para a realidade, tão pouco podem compreender que ela pode promover salvação para o mundo. 

Enquanto isso as pessoas se casam e se dão em casamento, se aprisionam em contratos, vivem formalidades, tiram diplomas, trocam alianças e se associam em grêmios clichês. 


Eu fico aqui de fora observando, e quiser ficar comigo (...)
Sabe onde me encontrar! 

2 de janeiro de 2017

Passos que não abro mão



















Sinto em dizer - mas não carece olhar para trás.
Esperei tanto tempo
E não ouvi sequer uma mentira
Ou tão pouco uma desculpa.
O passado é apenas uma página revirada
E o futuro já não é mais como dantes sagrado.
Com o tempo meus passos foram se desfazendo,
Meu olhar desacreditando em milagres
E meu coração colecionando amores.

Meu bem, minha flor, minha menina (...).
Não finja sorrisos
Não se engane
Não se embriague com maldades.
Ainda há tempo para aprender,
Para abraçar, para afastar o medo,
Para desfazer e despedaçar segredos.

Eu continuo meu caminho (ainda perdido),
Mas minha procura por si só
Chama-se “encontro”.
Eu quis, desejei e perdi...
Agora não vou mais mudar.
Não me importo com perfeição
Mas agora com a química,
Com a sinergia e em especial com a sintonia.










Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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