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22 de julho de 2019

Por quantos dias ainda permaneço a escrever.


Sem pontos
Sem vírgulas
Sem conjunções
Sem conjugações
Sem sentido
Sem tesão
Sem significado
Sem predicados

Com contumácia
Com rimas baratas
Com pujança
Com constância
Com agressividade
Com proposições
Com subjetividade
Com pressuposições




Um laço, um traço, um pedaço – Quem sabe (...).




Laçaste-me;
Traçaste-me;
Despedaçaste-me pelo o chão
E por todos os cantos.
Cortaste meu coração
E, de forma impiedosa
Lançaste pelos ares.

Meus olhos em prantos
Meu afeto de cantares,
Em tempos de santos e profanos,
Me oculto em todos os lugares.

Foste meu entoar,
Em noites sem sono; minha poesia.
Sem razão,
Profanaste meu coração
Para reviver alvitres de nostalgia.








Amava porra nenhuma.





Disponho-me a refletir;
A pensar, a conjecturar, a profetizar, a filosofar, a poetizar (...).
Seja pela a razão que me guia
Ou pelas instâncias dos conhecimentos que me cercam.
A priori apresentei posições convictas,
Mesmo não tendo certeza, contrastava com unhas e dentes.
Todavia hoje não tenho mais verdades absolutas,
Carrego dúvidas e palavras nada convincentes.

O Deus que me amava;
Não me ama mais.
A mulher que eu amava
Não existe mais.
As quimeras que eu sonhava
Já não sonho mais.
O futuro que eu idealizava
Ficou para trás.

O que me vale agora,
Viver o pouco que me resta
Ou desaparecer pela a eternidade?
O que me vale agora,
Se os sentidos contestam
Com relatividade, o que é verdade?







19 de julho de 2019

Em pleno século XXI, ou Certeza de nada.





Sou um homem raso
E, habito num mundo de pensamentos
E argumentos sem profundidade.

Incidimos em uma era onde as pessoas têm acesso à informação na integra de forma instantânea. Contudo, há poucas pessoas que pensam ou que possuem um olhar exprobro em relação à sociedade.

As pessoas apenas repetem e replicam “informações”. Tem conhecimento, mas não tem inteligência. Possuem títulos acadêmicos, mas não possuem expertise.

Vivemos do pensamento e das experiências das pessoas que morreram a dezenas de séculos.

Não há teólogos,
Não há filósofos,
Não há pensadores,
Não há cientistas,
Não há matemáticos,
Há apenas “papagaios de pirata”.

Nunca houve na historia da sociedade tantos idiotas, fanáticos e extremistas. As pessoas falam e comentam sobre tudo, mas não sabem nada de nada – não possuem pensamento próprio. Apenas replicam de forma aleatória achismos. E pior, apesar de não saber o que é, quase todo mundo possuem algum tipo de ideologia religiosa, politica e filosófica.

Não há racionalidade,
Não há lógica e coerência,
Não há profundidade,
Não há empirismo,
Há apenas opiniões sobre tudo e certeza de nada.  







16 de julho de 2019

Tão eu.





Faltam-me palavras;
Sobra-me estilhas de sentimentos.
O mundo mudou
Eu mudei e, também meus pensamentos.
Ainda carrego estigmas,
Decepções e um pouco de esperança.
Sou um homem de “meia idade”,
Ainda com jeito de criança.
Avisto a cidade
Como espanto e nostalgia,
Desde sempre canto desafinado
Todavia não desacerto a poesia.
Sempre sonhei,
Mas nunca tive certeza de abordar.
Sou um homem de dores
Que nunca aprendeu a chorar.
Caminho pelos pretextos
Onde o pensamento conforta,
Já não tenho vontade
Pela a verdade que exorta.
Deixe-me viver na brandura
De vez em quando venha receber um abraço,
A vida pode ser simples
Como a música em seus compassos.







11 de julho de 2019

Assim como Deus não existe sem a sociedade, a sociedade não existe sem o mercado!





Nietsche disse “Deus está morto”, em verdade vos digo que não há DEUS nenhum. O que existe é o interesse, a culpa, o remorso, a ganância e o medo. A religião por séculos tem sido um instrumento de controle e manipulação de massas. A ideia do Deus religioso é genérica e relativa de cultura para cultura. Podemos traçar um paralelo entre Deus e a sociedade e, afirmar de forma emblemática que a sociedade também não existe, o que há é o mercado.

Durante séculos o estado e a igreja eram “unos”, ambos controlavam em comum acordo a sociedade. Evidentemente não estamos referindo as religiões primitivas que nasceram de forma instintiva e com o progresso da sociedade se tornaram apenas uma filosofia ou uma ideologia religiosa.

O mundo já passou por centenas de guerras por causa de poder e riquezas. Existem teorias naturalistas e contratualistas a respeito da criação do estado, fato é que hoje o estado moderno e a sociedade não existem sem mercado, ou melhor, todos coexistem de forma hipotética e estão interligados entre si, um não existe sem o outro.  

Assim como Deus não existe sem a sociedade, a sociedade não existe sem o mercado!

Além disso, o mercado é apenas uma forma simbólica de regulamentar estas parecenças. O estado foi criado para estabelecer conformidade as relações das pessoas com o mercado.

Pessoas que não estão inseridas no mercado, tem seus direitos negados por parte da sociedade e estão condenados por Deus ao inferno (Índios, refugiados, mendigos etc.).

O homem criou Deus, a sociedade criou o estado e o estado controla o mercado.  









10 de julho de 2019

Merece(dor).




Criei conceitos
E tropecei em preconceitos,
Disse que jamais faria
E me afoguei em hipocrisia,
Julguei sem piedade
E fui esbofeteado com a verdade.
Se antes eu apontava o dedo,
Hoje o medo não me dá sossego.
Armei armadilhas
E estou condenado à guilhotina.
Parodiei o sofrimento
E agora o desgosto é o meu tormento.







A poesia e a profecia se amam





















A poesia em si mesma emana, ecoa, se propaga e eterniza.
Seja por sentimentos ou por aforismos,
Esteja neste mundo,
Num outro mundo, e quiçá repouse em teus sentidos.
Ela canta e encanta,
Em melodias se harmoniza,
Segue e derrama em teus leitos
Sobre escombros,
Beijos que protagoniza e se sintoniza.
O poeta morre, mas a poesia permanece.
Ela atravessa o tempo, rasga cortinas,
Alivia o sofrimento,
E se desatina no coração de quem se compadece.
A poesia e a profecia se amam,
Elas perfumam e embelezam o caminhar.
Suas palavras são dores que clamam,
Como flores cheias de espinhos insistem perfumar.







Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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