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27 de agosto de 2014

Amei um demônio e fomos felizes para sempre.




No principio criou o amor e a razão porque a mente e o coração do homem não compreendia a sua forma abstrata e absoluta. Não havia divisões. Tão pouco, dicotomia. Tudo era apenas uma mesma coisa. Mas a ambição e o egoísmo destruíram o que era perfeito, fizeram de algo tão nobre e majestoso uma imagem daquilo que a pobreza de espírito pode definir. O que era pleno se tornou imperfeito.

Verbalizaram adjetivos,
Padronizaram a dissonância,
Designaram afetos sem compromisso
E assinaram contratos com a vaidade.

Se me entende, não sei. Resta-me apenas viver enquanto houver razoes e sentimento presos numa mesma causa. Não quero e não posso me ater naquilo que falo e não faço, que faço e não cito. Quero ecoar o canto que nasce nas profundezas da solidão para subir aos céus como aroma suave e primoroso.

Parecia um anjo,
Mas era um demônio.
Tinha um jeito doce e agradável,
Mas era um demônio.
Beijava com aroma de leite e mel,
Mas era um demônio.
Desejou-me como ninguém nunca antes
E eu amei este demônio.


Em imagem e semelhança a razão e o amor foram criados e formados, a luz trouxe vida as trevas e as trevas se regozijaram com a luz resplandecente. Não havia uma configuração entre a feiura e a beleza, pois ambas se tornavam plenas entre si. A beleza se apaixonou pelo o que a feiura tinha por dentro e a feiura amou e contemplou o que a beleza tinha por fora. E assim foram felizes para sempre. 








21 de agosto de 2014

E ficamos



E ficamos
Como se conhecêssemos a milhares de anos;
E tocávamos
Como se fosse à primeira vez;
Foi perfeito...
E beijamos
Lábios, peles, nucas e mucosas;
E voltamos como era desde o inicio. 








Devoro-te

Gosto desta coisa de pele, de cheiro, de química, de alma, de toque, de lábios, de caricias, de vontade e desejos. Amo o suspense, o anseio, a magia, o inesperado e o sabor do mistério. Sabes muito bem que não resisto a tua voz, teu olhar, teu beijo, tua vontade de ser possuída por um espírito que lhe faz feroz e dominada. Como gosto de entrar e deslizar no teu corpo de dentro para fora e de fora para dentro. Por teu encanto me disponho todo vigor, todo ardor, todo amor e todo bel-prazer de lhe ver gemer e gozar. Devoro tuas forças e lhe exponho ao encanto do deleite das mais nobres fantasias.








Repaginar o futuro


E há tempos que não choro,
Que não canto,
Que não perdoo
E que não blasfemo;
A ausência se fez tão presente que nem falta eu sinto mais.
É tão autentico olhar o nada e enxergar tudo,
Pensar no passado
e repaginar o futuro.








14 de agosto de 2014

Salatiel, ou a sombra de um poeta ainda morto.




Quando penso, logo existo; é propenso, é propicio, é tudo criado no vácuo, vida brotando do absinto, é tudo tão verdade na vaidade de um deus insípido. Quando amo, logo sofro; é estranho, é como morrer e ressuscitar e descobrir que depois de tudo isso voltarei a estar morto. Quando calo, logo me tranco, me descubro, faço pegar no tranco, é como se a vida escrevesse uma nova historia em cada página descrita no livro. Quando quero, logo posso; é meu dever querer o que não devo, é insano, é profano, é santidade sagrando por debaixo dos panos.

Era ela ainda virgem que sabotava meus sentidos,
Roubava-me atenção,
Seus olhinhos era tão lindos...
Sua inocência se escondia dentro de um coração cheio de ambição,
E eu enfeitiçado a permiti sangrar e perfurar meu coração.

Lembro-me de cada momento, de cada abraço, de cada gole de café. Não me esqueço das palavras, do ombro amigo e principalmente da força que me dava quando andava cabisbaixo. Lembro-me da nossa primeira queda de avião, das nossas coleções de palitos e das mordidas que me dava na ponta do nariz. Lembro-me de cada suspirar e não quero mais imaginar que vivemos aquilo que jamais poderemos em outra vida voltar viver.










2 de agosto de 2014

Sem nada, mais nada...



Somente o necessário
O equivalente e o suficiente para viver e ser feliz.
Nada mais me resta; nada mais me interessa!
O segredo é viver sem apego, sem contrato, sem cerimônias,
Sem demagogia e sem hipocrisia.
Viver vale a pena
E como vale ser bem-aventurado,
Nada melhor do que a liberdade e o prazer de ser quem podemos ser;
sem interferências, sem Pressão, sem acusações, sem autoflagelo, sem peso, sem hashtag e sem julgamentos...














Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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