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26 de setembro de 2018

Sem saber





Deixe estar por enquanto;
Sem maledicências e sem torturas,
Pela a vontade que supera
Ou pela a espera que o tempo cura,
Nada é como era (...).
Segue sem desejos, sem amargura.  

Deixa estar por enquanto;
Como o céu a lua abriga,
Como a dor que não aquieta
Pelo o perdão que não quer briga,
Seja agora uma página virada
Pela a porta está de saída.

Deixe estar por enquanto;
É preciso desvanecer,
A vida é um espanto
Sem logica para compreender,
Contrafeita em seus laços
Embaraço-me sem saber.







Pragmático fascista




Pela ordem!
Pelo choro, pela a dor que devora.
Pelo o sentimento de ser excluído
Pelo o lamento que devora,
Pelo o grito que ecoa;
Não é atoa, é agora!

Pelo o choro que derrama,
Pela a dor de sempre ouvir “não”.
Pelo o direito de liberdade
Pela a igualdade na constituição.
Pelo o amor, pelo o respeito,
Pelo o direito de ser cidadão.

Pelos o sangue dos que lutaram
E padeceram sem experimentar;
Pela a dor que transforma,
A verdade não vai calar,
Abaixo o fascismo
Daqui não vai passar.







calo-me





Calo-me para ouvir o silencio
Para pensar, para projetar;
Para escutar meus pensamentos
Que pulsam e repulsam sem parar.

Calo-me como nunca quis calar,
Viajo de fora para dentro
E de dentro para fora
Como outrora preciso pensar.

Calo-me nas pausas das notas
Para sentir o teu vibrar,
Bem como, contar os tempos
Para no ritmo dançar.

Calo-me para sentir tua pele
E tua boca beijar,
Para esvaecer teus medos
E teus segredos preservar.

Calo-me de súbito
E de repente no vagar,
Não tenho púbico
Tão pouco, voz para falar.

Calo-me pelos os dias
Que me restam passar,
Pela a nostalgia que transborda
E pelas horas observar.

Calo-me!








25 de setembro de 2018

De prantos em prantos pela alegria de chorar.















Morro ainda cedo
Sem medo de me libertar,
Se nos céus ou no inferno
Não me importa o lugar,
Levo para eternidade
O que da vida pude desfrutar.
Foram milhares de beijos (...)
Que com devoção aprendi amar.
Despi-me da hipocrisia
E da alegoria de profetizar,
Doei a mim mesmo
O que nenhum deus pode me dar.
Chorei, chorei e chorei;
Como nenhum homem pode chorar.
Lagrimas que viraram rios
E desaguaram no destino do mar,
Rompi com as amarras
E com garras pude aqui chegar.









Poesia em transformação.





Sem nexos causais
Que outrora traziam culpas,
Por uma vida leve
Sem anexo e desculpas,
A vida não vem pré-escrita
Como descrita em bulas.

O tempo não muda
Mas, mudou minha percepção.
Como dantes caminhava
Hoje sigo outra direção.
Se quiseres andar comigo
Basta segurar minha mão.

Sei que não sou o primeiro
Nem tenho a falsa vontade,
Fruir no melhor momento
É abrigar-se na realidade,
Não me cobre o que não posso dar
E serei todo seu de verdade.

Romantismo não é meu forte
Mas, com inteireza posso doar.
Não jogue a própria sorte
Como quem não esperar alcançar,
Olhe para cima, para frente, para o norte;
Como quem deseja estar lá.







13 de setembro de 2018

Atentado de outrora.





Em verdade vos digo; nada é como se define nossas improfícuas filosofias ideológicas e ciências humanas. Pois, a realidade é e ao mesmo tempo não é, ou seja, ela está para nós como aquilo que definimos a partir do modo que nossa percepção a concebe. Sim, é fato que estamos em um universo ao qual não temos a exata dimensão de sua própria literalidade.

Enquanto alguns se habituam numa realidade rasa e supérflua, outros se embaraçam em coisas simples com formulas complexas. Não obstante, ambos não fazem ideia do enredamento da naturalidade e vice-versa.

Enquanto isso (...)
As virgens são desejadas,
Os cantos líricos encantam,
Os pássaros voam e sobrevoam pelos os céus,
Os homens se matam,
As crianças aprendem a maldade,
Os gatos observam sobre os telhados,
Os deuses são esquecidos,
A ciência se cega,
Os velhos são abandonados,
O preconceito ainda predomina
E imbecilidade ganha voz e status.

Quem dera ou pudera ao menos uma vez compreender o universo e seus multiversos no seu equilíbrio natural entre a plenitude da bondade e a antítese da maldade.









Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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