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4 de janeiro de 2024

O calcanhar de um sonhador

 



Sem saber onde, como e quando chegar

Sonhando se vai (...).

Criando expectativas,

Frustrando planos,

Chorando pelas esquinas,

Lamentando por águas passadas

Mas ainda acreditando na vida

Alimentando esperanças

Na loucura de conseguir.

 

Seja pela dor,

Seja por amor,

Seja pelas causas justas

Seja por se declarar merecedor.

A vida escreve novas páginas

Para que contemos histórias

Para que não possamos perder a fé

Ficaram palavras, poucas imagens,

Ou quem sabe alvitres.





O legado de um solitário

 



Sinto-me intenso

Na minha própria companhia,

A solidão que me abriga

Fez-me compreender que ninguém

Pode preencher o vazio que habita em mim.

 

Renunciei a muitos amores

Para viver o amor-próprio,

Acometi em mim,

Para trabalhar, estudar e evoluir.

Esta é a sina de um homem pleno em si mesmo.

 

Foi perdendo que aprendi a ganhar,

Foi sofrendo que compreendi viver,

Foi caindo que valorizei cada passo,

Foi sonhando que construí meu castelo,

Foi renunciando que alarguei valores.

 

Não sou apegado a coisas,

Tão pouco a pessoas,

Apego-me em projetos e objetivos,

Porque coisas acabam e pessoas morrem

Mas objetivos constroem legados.

 

Estou no mundo,

Amo o mundo,

Mas não sou deste mundo.

Não me apego a nada

Não levarei nada, mas deixarei lembranças.





A Poesia bruta e a rima contundente do pagode de viola, ou João Carreiro com seu jeito bruto e o coração mole.

 



Um homem com o jeito bruto

E com o coração mole,

Por que foste de repente e cedo demais?

Mas fica a tua poesia,

A tua música,

E a tua expressão.

 

Homem de fé,

De talento,

De riso fácil,

De originalidade.

 

Deixará saudades

No coração daqueles que te admiram

E se inspiram na poesia bruta

E na rima contundente do pagode de viola.

 

O céu ganha mais um anjo!





3 de janeiro de 2024

A lembrança de que nada ficou, ou o que um dia foi destinado e não exercido.

 



Lembrar você nada me desperta

Nenhum sentimento

Nada de mau ou de bom

Nenhuma saudade

Coisa nenhuma para contar

 

O tempo se encarregou de apagar

O que um dia foi destinado e não exercido (...).

 

Não sobrou estórias

Todas as palavras foram imêmores

Os teus “Eu te amo” foram olvidos (deletados e esquecidos),

Apenas uma página apagada,

Deslembrada e que não significa lhufas nenhuma

 

Guarde o vazio, o hiato e a lembrança do que nada ficou.





Fotografias imaginária de atos libertinos, ou o anseio insano de um gozo profano contido e agora realizado.

 



Dizer palavras libertinas no teu ouvido

Beijar a tua nuca

E roçar com a barba no teu pescoço

 

Sentir o teu cheiro impregnar no meu corpo

Te segurar forte pela cintura

E morder vagarosamente os teus seios

 

Descer com a língua no teu abdômen

Sentir a tua pele arrepiar

E tuas unhas cravar nas minhas costas

 

Te penetrar com toda intensidade

Ouvir os teus gemidos

E teu corpo tremendo de tanto prazer

 

Nada no mundo é melhor que o momento

De sentir o teu gozo

E você me desejando cada vez mais

 

 

O Desejo de um poeta descrito com todo o sentimento na letra de uma canção, ou a significância do amor em contraste com o momento da paixão.

 



Quando a poesia esgrima

A alma padece e se compadece de afeto.

A lembrança aperta,

A mente se alerta com o ímpeto que ronda por perto.

Bate forte coração

Acende a emoção por um segredo descoberto.

 

O amor é um sacrifico!

E não apenas o ofício de um sentimento.

E se entregar por inteiro,

Um tiro certeiro na eternidade em andamento

Já a paixão é o canto da Sereia

Que permeia a ilusão de um momento.

 

Cante com mais espontaneidade

A tua verdade com toda expressão,

Sinta a melodia penetrar

E harmonizar o solo da canção,

De longe observo

Como se de perto sentisse o teu coração.

 

 

Apenas isso

 


Provoca-me primeiramente,

Me olhe,

Me beije,

Me use,

E Sirva-se de mim (...).

 

Depois pode ir embora,

Me ignore,

Me cancele,

Me esqueça,

E não me procure mais.

 




Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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