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31 de março de 2020

Quimera realidade





E olha para dentro
Deixe o mundo lá fora,
Castos pensamentos
Pela duvida que aflora,
Repousa nos aposentos
Que o lhe resta agora.

Assentar-se na solidão
Ou no silêncio ecoar,
De tanto ouvir não
Pelo sim deve buscar,
Fleuma sem emoção
Coragem para continuar.

É preciso ponderar
Para não machucar e sofrer,
Olhe para o mar
Não é difícil de entender,
Se não desistir e lutar
Sem duvida vai vencer.

Olhares e vontades
Mistérios no ar,
Quimeras realidades
Desejos a inspirar,
Lembranças de saudade
Que um dia vamos lembrar.







A sombra da maldade





Em face da circunstância que nos permeia,
Dilacera os sentidos
E rompe os agudos da realidade,
Doí ver e ouvir sofismas,
Como um tiro no peito
É a ambição do poder pelo o poder.
O profeta não profetiza mais,
O poeta não mais recita poesia,
A mulher que dantes amada está abandonada,
A cidade está cheia de pessoas vazias,
A musica perdeu sua composição
Entre acordes, morte e hipocrisia.
Perdeu-se a esperança da salvação
Afetos estão fora de moda,
O que era errado agora é tolerado
O que era certo perdeu o significado
Uns pela a direita, outros pela esquerda.
E todos na contramão.







17 de março de 2020

Sem razão, ou fleuma no caos.



























Sem razão permaneço;
Sem razão padeço;
Sem razão me conheço;
Sem razão recomeço;
Sem razão não me atrevo.

Por anos e anos busquei ter razão,
Conheci os céus e me afoguei em escuridão,
Desprezei sentimentos, sorri sem emoção.
Perdi coisas e pessoas por não considerar o coração.
Se no passado submergi, do futuro abro mão.

Agora, interessa-me viver,
Com razão, sem razão, o que importa é “ser”.
O pouco que ainda me resta, faz-me crer,
Na poesia, na tristeza, na beleza do amanhecer,
Já não preciso explicar o que não podes entender.

Palavras para beber e degustar,
Abraços são laços a apertar,
Alimento para alma, paz para acalmar;
Fleuma que compõe musica para vibrar,
Não quero razão, apenas versos para rimar.








6 de março de 2020

Que seja leve, que traga paz.





Amortizar toda dor nos estalar de dedos
Esquecer o que dantes jaz
E, caminhar sem rumo e sem medo.

Ecoar a voz
Entoar poesias
Viver o que nós
Sonhamos um dia

Chega à idade
Junto vem a experiência,
A paciência e a maturidade.

Que seja leve
Que seja permanente
Que a vida entregue
O que um dia tomou da gente.







Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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