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3 de outubro de 2018

Acusa-me





Acusa-me dolosamente por avançar o sinal e beijar a tua boca,
De possuir o teu corpo e em seguida desaparecer.
Acusa-me de lhe despertar desejos insanos,
Segredos profanos no sentido de sofrer e sentir prazer.
Acusam-me de não aceitar comungar com teus planos,
Do medo patético no significado poético de cada anoitecer.
Acusa-me por gostar dos teus abraços e desmaranhar teus laços,
Por dominar meus instintos e não conseguir me prender.
Acusa-me por ser lobo solitário selvagem,
Todavia me julgas sem coragem de me compreender.
Acusa-me inventando predicados e defeitos,
Mas eu aceito teus dramas e na cama te faço se arrepender.












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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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