De louco, não tenho pouco.

Por Giliardi Rodrigues

As sombras suspiram ao olhar disperso de uma mulher de vestido azul. Não é por acaso que tudo tem o seu tempo para apreciar o especial. Os lugares, os sabores, as fragrâncias e os amores. De fato, o mistério é um fator essencial para impressionar recentes paixões. O momento é agora, lá de fora ninguém pode imaginar o que pode acontecer aqui dentro. Conseqüentemente, as palavras nos faltam nas ocasiões de esplêndidos olhares. Por essas e por outras, a saudade é a maior inimiga de quem buscar de todas as formas amar e ser de reciprocamente correspondido. Se não existe a maneira mais correta para amar, talvez a melhor forma fosse amar sem maneiras. Podemos muito aprender um com o outro, podemos escrever, desenhar e até mesmo dançar zouk pelas as noites de Caribe, no entanto nada pode se comparado com aquilo que nos prende e nos enlaça pelo o desejo de estar um dentro do outro. É fogo no peito, é frio na barriga, é medo, é estranho, é bom, é perigoso, é gostoso... Na verdade ninguém sabe explicar ou até mesmo descrever o que sentimos quando estamos juntos. Olho no olho, lábios pela a pele, suspiros, gemidos... É loucura, é incontrolável, é forte, é inexplicável. Um dia me disseram que água e fogo não se combinam, mas descobri que isso não é verdade. Água e fogo são uma combinação perfeita para ebulição. Tente imaginar um vulcão em erupção em alto mar... Imaginou? Pode me chamar de louco, pois de sei que de maluco não tenho pouco, sou ainda como um mundo de idéias e de sonhos, isso pode lhe parecer estranho, sou surpreendente, atraente como um tesouro ainda não explorado, sou uma parábola a ser compreendida, sou tudo isso que você vê e me conhece, sou tudo isso e mais um pouco. Na verdade, a realidade ainda pode ser diferente, posso ser tudo isso ou nada disso, pois se ainda não sou, pretendendo ser. Não se espantes com minha imaginação, pois tudo que escrevi não passa de fruto da minha alucinação.