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13 de outubro de 2016

50 tons de cinza, ou entre o céu e o inferno - e quem sabe, de outra maneira.



 



Por que finalidade tenho que ser bom? Qual o motivo pelo qual tenho que ser honesto, justo e verdadeiro? Que beneficio tenho eu nestas virtudes? Por acaso faço estas coisas por obrigação ou vontade própria? Sou por ventura sou autônomo no universo ao ponto de ser e fazer o que me dá na telha? Será que fujo de praticar o mal por medo de ir para o inferno ou pratico o bem com o objetivo de alcançar o paraíso? Que certeza posso ter destas coisas depois da morte? Será que no céu só existem pessoas boazinhas e no inferno pessoas malvadas? Volto a perguntar; será? O me garante que não é somente esta vida e nada mais? Por que existem pessoas boas que só se dão mal e pessoas más que só se dão bem? Por que grande parte das pessoas boas morrem e antes passam grandes tribulações? Não seria a vida injusta com relação a isso? Por que tantas perguntas sem resposta e tantas respostas que não respondem estas perguntas?

Agora falo por mim:

Ora, não me interessa se vou para o inferno ou para o céu. Não me cabe negociar minhas atitudes para conseguir algo em troca. Não vejo nenhuma virtude em ser bom para simplesmente agradar alguém – entendo isso como hipocrisia. Por outro lado, não tenho prazer em praticar o mal meramente para levar vantagens ou me beneficiar em alguma situação. Se faço o bem ou o mal é porque isso é uma característica inata à condição humana. Embora alguns entendam que o livre-arbítrio é direito de escolher entre o bem e o mal, não vejo e não compreendo desta forma. Na minha concepção o livre-arbítrio seria a opção de ter outra escolha fora o bem e o mal. Ter apenas duas opções não me dá liberdade de alternativa. Pois entre o preto e o branco – existem centenas de tons de cinza. Entre o sim e o não – existem outras possibilidades. Entre o numero “1” e o “2” – existem centenas de milhares de outros algarismos. Mas por que no bem, no mal, no céu e no inferno não existem outras possibilidades? 

Se não existir outras perspectivas, eu abro mão da minha condição de escolha e acato a minha natureza de humano que em determinados momentos erra e acerta. Contudo, não faço isso por escolha, mas porque foi determinado a minha consciência desta maneira.

Não acredito no livre-arbítrio,
Não sou escravo do destino,
Não sou manipulado pelo o diabo,
E Tão pouco obediente a “deus”.
Não vou para o inferno
E não quero ir para o céu.

Agora só me resta viver enquanto houver fôlego
E morrer quando assim for. 







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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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