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17 de junho de 2017

Trem-Bala



Não tenho presa, mas tenho pretensões. Correr nunca foi o meu forte, até porque não tenho estrutura física e psicológica para fazer e se arrepender.  Como lobo, fico sempre na empreitada de observar e saber a hora exata. Aprendi a domar meus instintos e controlar meus sentimentos. Meu amor é antes de tudo primordial e racional. Alfas não podem dar o luxo de ter ansiedade, pois a impassibilidade deve prevalecer. Não jogo, e se tentar jogar comigo sinto lhe dizer que vai perder. Sei que a verdade quase sempre machuca, às vezes seria melhor nunca saber. Mas apesar de não ter presa, não tenho muito tempo.

Não sou de ceder a chantagens; não estou em promoção; não sou bajulador; não sou melhor e nem pior que suas opções; não sofro de carência; não sou dependente de sentimentos; não preciso me promover; não careço auto afirmar – por fim, acho que compreendeu que o meu não será sem variações sempre não.

Não foi pela a oportunidade, mas pelo o instante um furto. Nunca, jamais e em tempo algum abandonei a postura e a estratégia em ação. Nunca desisti, nunca arreiguei um passo atrás. Nunca compactuei com esse toma lá, dá cá. Nunca excluí ou bloquei o acesso. Fui provocado, testado, desacatado, ignorado, taxado, tolhido e acima de tudo mal interpretado. Contudo, o convite está feito e não será desfeito.

Não irei abortar a estratégia, mas posso a qualquer momento mudar a direção. Não estou mandando recado, apenas sendo sincero (valorizo muito esta virtude). Provocações não serão retribuídas, indiretas serão ignoradas e propostas serão bem avaliadas. Como sabe, momentos displicentes são em si os mais surpreendentes – entre uma prova e outra, um gole de café ou de whisky as coisas mudam, a química faz as opiniões mudarem de ideia. Sempre com discrição, sem publico e nem ibope. Entre um gelo e outro, vamos nos encontrando e se atracando entre tapas e beijos.

Não sou de admitir, mas quando me beija todas as minhas teses e teorias vão por agua abaixo. Todos meus planos se desfazem como papel na chuva. Neste momento, todas as caricias são retribuídas pelo menos 7 vezes mais. Meus conhecimentos são postos a ladeira abaixo, meus limites são ultrapassados e meus desejos expostos a serem saciados. A minha boca se cala para trabalhar no teu corpo, os meus olhos se fecham para elevar meu espirito e aguçar ainda mais minha imaginação.


Pena, que não sou nada disso e tudo o que expus é apenas imaginação. 







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Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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