Visitantes

10 de fevereiro de 2012

Borboletas, harpa e tendão; ou apenas borboletas azuis.




Beijos de mulher poeta;
Beijos de mulher profeta;
Riscos e rabiscos – contextos e pretextos.
Caminhos se cruzam e se descruzam
Pelas as estradas da vida.

Rosas e amarras,
Amarras e gritos;
Olhares embreados de sedução,
Olhares desguarnecidos e vencidos
Pelo o amor e pela poesia.

Borboletas são amigas;
Inimiga é a saudade que sufoca.
A ausência é tão avassaladora
Que precisa tirar férias de si mesma
- “Deveria partir para nunca mais voltar”.

Bordados de rendas
Tatuados na pele suada
Tem gosto salgado,
Contudo adoça o gosto veneno
Das paixões desenfreadas.

Queria tanto saber esperar (Não consigo),
Queria tanto despedaçar a solidão,
Mas, se o que quero tanto mudasse alguma coisa,
O universo não seria tão obliquo  
E as pessoas não sofreriam tanto.

Nem o tendão de Aquiles,
Tão pouco a harpa de Davi.
É tão sublime e ao mesmo tempo tão voraz
A dor que me consome por sofrer
E ainda acreditar no amor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

Leia mais

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Powered By Blogger